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Licença de desmatamento libera o gasoduto

Amazonas Em Tempo-Manaus-AM
Autor: Patrícia Almeida
27 de Nov de 2004

último documento necessário para o início das obras do gasoduto Coari-Manaus foi liberado ontem, pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM). A licença para desmatamento de uma área de 7,9 quilômetros quadrados no trecho atravessado pelo gasoduto, foi entregue pelo IPAAM a Petrobras, estatal responsável pela construção. "Uma obra de grande importância será feita, sem comprometer o meio ambiente", afirmou o presidente do IPAAM, Lúcio Rabelo.

Segundo o presidente, o processo de licenciamento da obra tramita desde maio de 2003. Foram realizadas oito audiências públicas referentes a construção do gasoduto pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS) e Ipaam. Também foi elaborado um Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EPIA) e seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) do gasoduto encomendado pela Petrobras e entregue ao IPAAM.

Inicialmente, a Petrobras pediu autorização para o desmatamento ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovávéis (IBAMA) que repassou a competência ao IPAAM.

Baseados no RIMA, os técnicos do IPAAM concluíram que poderiam autorizar a realização da obra conforme cronograma apresentado pela Petrobras. "Portanto, quando foi reconhecido que era competência do IPAAM dar a concessão, não houve demora dos nossos técnicos em avaliarem que o efeito do desmatamento seria mínimo e que a floresta poderia ser recomposta em pequeno e médio espaço de tempo", afirma.

Serão desmatados oito quilômetros quadrados de floresta para a construção do gasoduto. Após a conclusão da obra, sete quilômetros serão reflorestados ou induzidos a recomposição florestal. "Ao final, apenas um quilômetro quadrado permanecerá desflorestado no trajeto por onde os técnicos farão supervisão do gasoduto", explica Lúcio.

O presidente acrescenta que fiscais do IPAAM acompanharão o empreendimento para que todo os itens do processo de licenciamento sejam cumprido. "Continuaremos acompanhando a obra para prevenir impactos ambientais", observa.

Na segunda-feira, a Petrobras assinará convênio com o Exército que será responsável por fazer abertura das clareiras para a realização da obra. "A partir daí, a Petrobras poderá anunciar a data em que iniciará o gasoduto", diz.

O gasoduto de cerca de 400 quilômetros é destinado a transportar gás natural desde o Terminal Solimões em Coari, até a Refinaria de Manaus. A obra partirá de Coari e atravessará os municípios de Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba até chegar a Manaus.

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