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Lula dá pingo de solda simbólico em obra do gasoduto que já tinha visitado

O Globo, O País, p. 4
02 de Jun de 2006

Lula dá pingo de solda simbólico em obra do gasoduto que já tinha visitado

Cristiane Jungblut e Ismael Machado Enviados especiais

Num de seus eventos ontem no estado do Amazonas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Coari para fazer simbolicamente a primeira solda do gasoduto Urucu-Manaus, simbolizando o início das obras. A mesma obra já havia merecido uma visita anterior do presidente.
Em 2004, o petista esteve no mesmo local e na ocasião, empolgado com o protocolo para a realização do projeto, prometeu que voltaria este ano para inaugurar o gasoduto. Mas ontem voltou para apenas dar início á obra.
- Mais importante do que a gente estar aqui, no estado do Amazonas, para assinar um protocolo, será a gente voltar em 2006 para inaugurar o término do gasoduto neste estado - disse Lula no dia 22 de abril de 2004, em visita a Urucu.
A Petrobras disse que, naquela ocasião, o presidente esteve no local para inaugurar a Unidade de Processamento de Gás Natural UPGN III e não para lançar o gasoduto.
"Foram brigas e mais brigas, na justiça, no Ibama"
Depois de muita discussão e demora no licenciamento ambiental para a realização do gasoduto, a obra só será iniciada agora e deve ficar pronta em 2008, ou dentro de 21 meses, segundo a Petrobras. Lula, se reeleito, poderá ir lá de novo.
No complexo da Petrobras, o presidente deu o primeiro pingo de solda na tubulação do sistema que promete mudar a matriz energética do Amazonas.
Foi um gesto simbólico porque a própria Petrobras admitiu que ainda restam negociações a serem feitas para que a obra siga adiante de fato. Com uma extensão total de 670 quilômetros, o gasoduto, segundo o presidente, vai gerar quatro mil empregos diretos e dez mil indiretos. Luta disse que foi preciso superar várias dificuldades:
- Não pensem que foi fácil. Foram mais de dois anos entre planejar essa obra e executá-la. Foram brigas e mais brigas, na Justiça Estadual, na Justiça Federal, no Ibama, no Ministério Público Federal, uma confusão. Depois teve briga com as empresas para que baixassem os preços. Mas o resultado está aqui. Essa é a segunda revolução industrial que o estado do Amazonas vive. A primeira foi a Zona Franca.
No fim do discurso, Lula se dirigiu ao governador do estado, Eduardo Braga, e afirmou:
- Daqui a dois anos, esteja eu em São Bernardo do Campo ou em Brasília, me convide para inaugurar essa obra acabada.

O Globo, 02/06/2006, O País, p. 4

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