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Gilson Cavalcanti Ricci: "Emancipação já para os índios - II"

Correio do Estado- http://www.correiodoestado.com.br
Autor: Gilson Cavalcanti Ricci
01 de Jul de 2016

Chegou o momento de todos nós, sul-mato-grossenses em geral, encararmos de frente - e com coragem - o conflito indígena reinante. Lamentamos agora a morte de um índio, participante da invasão a duas fazendas produtivas situadas no sul do Estado. Temos de gritar uníssonos, alto e bom som, um basta a todo este nefando teatro do absurdo! O Governador Reinaldo Azambuja, ao ser sufragado nas urnas para gerir o produtivo Mato Grosso do Sul, assumiu solene responsabilidade de zelar eficientemente pela segurança pública e paz social dentro de todos os quadrantes do Estado. Deve, portanto, assumir o papel governamental outorgado pelo povo nas urnas, e assim interferir no caso, a fim de adotar já as medidas cabíveis dentro de sua alçada administrativa, para cicatrizar essa ferida aberta no campo, que castiga tanto produtores rurais como os próprios índios, e humilha a nós, sul-mato-grossenses, no cenário nacional. O governador do Estado não deve jamais quedar-se omisso à barbárie das invasões de propriedades produtivas praticadas por índios instruídos e instigados por pessoas estranhas à comunidade indígena, obedientes aos mandarins do comunismo, e religiosos mal intencionados desvirtuados da Lei de Deus. Esses indivíduos farejam as aldeias como cães histéricos, no propósito satânico de doutrinar os índios contra os produtores rurais. A ação criminosa dessa avalanche do mal transformou a área rural de nossa terra pacífica numa rapsódia sinistra e trágica.

Ainda forte na memória do povo sul-mato-grossense os entreveros de Sidrolândia, quando duas fazendas situadas na área foram assaltadas e saqueadas por hordas de índios desvairados, que clamavam pelo direito das propriedades invadidas, havendo na ocasião a morte de um índio. Expulsaram os proprietários e suas famílias, queimaram benfeitorias, apossaram-se do gado e se alojaram nas propriedades, onde estão até hoje sem serem molestados, apesar das reiteradas ordens judiciais de reintegração de posse decretadas pela Justiça Federal. O governo petista - evidentemente suspeito - enviou à área, sob os fleches dos holofotes, um emissário para "negociar" a paz com índios e fazendeiros, todavia até hoje nada foi solucionado.

A situação é muito agrave! Respeitosamente, sugiro ao Governador Azambuja que se reúna com os membros da bancada sul-mato-grossense no Congresso Nacional, e assim juntos - governador, deputados federais e senadores -, formem uma frente de trabalho no afã de sensibilizar o governo federal a introduzir imediatamente programação de emancipação geral dos índios, como assim faculta o art. 8o, da Lei no 6001/73 (Estatuto do Índio), pois todos os índios indistintamente, moradores dentro do território brasileiro, estão plenamente integrados à comunhão nacional. Portanto, possibilidade jurídica existe, fazendo-se premente a ação governamental para concretizar definitivamente a paz no campo. Fórmula eficaz para a concretização deste sonho possível é permutar com os índios as terras reclamadas, e nelas o governo federal construir vilas residenciais nas atuais aldeias indígenas com todos os melhoramentos públicos, nas quais possa o índio e sua família desfrutarem vida digna e pacífica.

Invasão de propriedades rurais produtivas é temeridade à economia estadual, pois Mato Grosso do Sul é grande produtor e exportador de produtos agropecuários, e possui a segunda maior população indígena do Brasil, o que enseja autoridade ao Governador Azambuja a liderar já o movimento de emancipação geral dos indígenas. Destruição de propriedades produtivas, e morte nas áreas rurais, fere a todos nós sul-mato-grossenses como um só corpo. É ameaça real ao planejamento econômico do promissor governo estadual atual.

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