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Terenas ocupam quase sete mil hectares de "terras indígenas"

Portal Capital News (MS) - http://www.capitalnews.com.br
Autor: Valquíria Oriqui
27 de Jul de 2011

Mais de seis mil hectares já foram ocupados por terenas das aldeias Buriti, Lagoinha, Água Azul e Córrego do Meio. Os índios já ocupam 11 propriedades das terras que reivindicam, sendo cinco em Sidrolândia e seis em Dois Irmãos do Buriti. Há 10 anos as terras foram reconhecidas pelo Ministério da Justiça como "terra indígena".

A Reserva Buriti tem 2.100 hectares ocupados por 3.400 índios. Há 30 dias uma equipe da Fundação Nacional do Índio (Funai) está na região para levantar as benfeitorias das propriedades. O estudo servirá de base para o cálculo do valor de indenização que cada um dos fazendeiros terá direito quando as propriedades forem entregues aos índios. Pela atual legislação ninguém receberá pelo valor da terra nua, só terá ressarcimento pelas benfeitorias que implantou. Em um mês a equipe só conseguiu vistoriar quatro propriedades.

Levantamento do Movimento Nacional dos Produtores mostra que em Sidrolândia estão ocupadas as Fazendas Estância Alegre (370 hectares); Flórida (370 hectares); Santo Antônio (56 hectares); 3R (300 hectares) e Bom Jesus (1.200 hectares) que foram ocupadas mais recentemente. Os índios pleiteiam ainda as fazendas Querência São José (300 hectares) e Buri (300 hectares). Todas elas foram ocupadas pelo menos uma vez desde 2000.

Já em Dois Irmãos do Buriti, os índios ocupam as fazendas Buriti (425 hectares); São Sebastião (300 hectares); Recanto do Sabiá (300 hectares); Furna da Estrela (3 mil hectares) e pleiteiam ainda a Nossa Senhora Aparecida (1.300 hectares).

Em dois meses de ocupação da Fazenda 3 R, os índios fizeram uma lavoura de seis hectares, construíram barracos e trabalham na retirada das cerca que separava a fazenda de uma propriedade vizinha, a Bom Jesus, que invadiram no mês passado, expulsando os dois arrendatários da pastagem.

As últimas ocupações de fazendas reacenderam o clima de conflito eminente. Os produtores que ainda não tiveram a fazenda ocupada contrataram seguranças particulares, armados, para proteger as terras. Os fazendeiros argumentam que os índios também estão armados. Bacha mostra um livro ata que teria sido encontrado em uma das fazendas ocupadas. Nele há anotações de armas que estariam em poder dos índios terenas, como os nomes de quem usa o armamento, o modelo e o número de munições. (Com informações Região News)

http://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=216578&ed=Geral&cat=Not%C3…

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