Jornal do Brasil-Rio de Janeiro-RJ
12 de Jan de 2003
A mudança de governo no Amazonas pode ter aberto caminho para solucionar um dos mais notórios desperdícios energéticos do país: o da reserva de gás natural de Urucu. Localizada em plena selva amazônica, a 600 km de Manaus, a jazida é uma das maiores do país, mas está sem destino econômico desde sua descoberta. São 6 milhões de metros cúbicos de gás reinjetados diariamente no subsolo como forma de armazená-lo enquanto não se decide como levá-lo até o consumidor.
Havia um embate entre a Petrobras e o governo estadual anterior, do governador Amazonino Mendes, que defendia o transporte em barcaças. A estatal preferia um gasoduto. A história envolveu muito protesto de ambientalistas e polêmica acerca do inédito transporte fluvial. Hoje, essa é uma questão superada, nas palavras do atual governador, Eduardo Braga.
- Essa discussão está ultrapassada. Toda análise ambiental sobre o transporte em barcaças foi negativa. Era um equívoco e nosso sinal verde está dado para o gasoduto - afirmou o governador.
Braga sabe que, solucionando isso nos próximos quatro anos, seu mandato entrará para a história do Amazonas. "Mudo o rumo econômico do Estado", acredita.
As usinas a diesel em operação hoje no Norte são bancadas por subsídios rateados nas contas de luz de todos os brasileiros na rubrica da Conta Consumo de Combustíveis. No ano passado, a fatura foi de R$ 2,79 bilhões.
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