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Queimada criminosa na Aldeia Takuara - MS

União Campo Cidade Floresta - http://uniaocampocidadeefloresta.wordpress.com/
21 de Mar de 2011

No fim da tarde, do dia 17 de março, ultima quinta feira, os indígenas na aldeia Takuara, entre os municípios de Caarapó e Juti, Mato Grosso do Sul, foram pegos de surpresa pelo fogo, primeiro a fumaça foi avistada a noroeste da aldeia, passado pouco mais de 1 hora, as chamas aparecem ao norte da aldeia.

As chamas se espalharam rapidamente, com o vento forte, destruindo as mudas de caranda, canafístula, pau vinho, ipê, entre outras, que refloresceram, com o fim das atividades da fazenda Brasília do Sul na área, após a retomada Guarani Kaiowá.

Na sexta-feira pela manhã, um grupo de 5 indígenas, um deles visitante do povo Tupinambá fora ver o tamanho da área queimada, a caminhada, cruzando a área durou cerca de 1h30min, o grupo andou numa velocidade aproximada a 4 km/h, o raio da área destruída pelo fogo, é estimado então em 3 km, já que o grupo fez a entrada sentido leste, próximo a divisa provisoria* da Fazenda Brasília do Sul e mais ou menos no meio, virou 90o, sentido sul.

Foi encontrado rastros de marca de pneu de trator e um veículo menor, provavelmente uma caminhonete, os indígenas constataram que o fogo teve inicio na limitação provisória da aldeia Takuara com a Fazenda Brasília do Sul, pois o fogo em mata se espalha com o vento, que soprava em direção sudoeste nesta tarde. Com isso, se deduz que o fogo fora criminoso e que as pessoas que foram ali com trator e caminhonete sejam os autores do incêndio.

Muito provável que o fogo fora usado como provocação (ou mesmo para ferir e até matar os moradores), ou com o intuito de queimar as moradias na área onde o fogo se espalhou e ou a fumaça incomodar os indígenas no outro lado da estrada, já que o vento se encarregaria de conduzir a fumaça para as casas indígenas. Por proteção de Ñanderú, o fogo não atingiu nenhuma moradia e o vento levou a fumaça para fora da aldeia.

Praticas como estas, provocativas se intensificaram após o julgamento dos assassinos do Cacique Marcos Veron, não ficando só nas provocações indiretas, durante a visita do convidado Tupinambá, o mesmo foi testemunha de diversas vezes as mesmas provocações, "eles passam com as mesmas caminhonetes que utilizaram no dia do assassinato do Cacique Marcos Veron, dão gargalhada bem aqui na frente da escola indígena, onde o filho do Cacique Marcos Veron, o atual cacique passa o dia trabalhando, como diretor da escola, uma provocação barata depois de terem sidos soltos com o resultado do julgamento deles pelo crime de assassinato contra o pai do atual Cacique, o parente Ládio Veron, [...] acredito que a justiça, o Ministério Publico Federal deveria proibir esses assassinos declarados de passar aqui por dentro da Aldeia Takuara e até de chegarem perto de qualquer indígena, em todo o Brasil, homens como estes são uma ameaça constante a todos e todas indíngenas", conclui o visitante Tupinambá, que esteve na aldeia para um intercambio intercultural.

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