VOLTAR

Estudantes de SP atendem índios no colo em trabalho voluntário em MS'

G1 - www.g1.globo.com
27 de Jul de 2015

Projeto surgiu em Diocese de Jales, no interior de SP, há cinco anos. Indígenas recebem serviços de saúde uma vez por ano na aldeia Jaguapiru.

Em consultórios improvisados na escola e na quadra de esportes da aldeia, indígenas de Mato Grosso do Sul recebem atendimento saúde bucal na aldeia Jarapiru em Dourados, a 214 km de Campo Grande.

O trabalho voluntário faz parte do projeto Unividas, que envolve um grupo de universtiário do interior de São Paulo.

A ideia do projeto surgiu há cinco anos, a partir de um projeto social do padre Eduardo Lima. Ele fez parcerias com universidades e instituições que selecionam acadêmicos do último ano para atuar na prática por uma semana dentro da aldeia, uma vez por ano.

O objetivo é humanizar o atendimento, segundo o padre. As consultas são feitas dentro da escola da aldeia, em consultórios improvisados onde os pacientes deitam no colo dos futuros profissionais de odontologia.

"A gente acrescenta o trabalho humanitário. Olhamos hoje a sociedade e existe uma escassez de trabalho que humanize. Nós falamos tanto em profissionalismo, em ética profissional, em cidadania e quando entramos em contato com realidade bem atípica àquela que estamos acostumados, sobretudo os universitários, a gente entende um pouco o que é humanizar", ressaltou o padre.

Desde então, os indígenas podem ter acesso a serviços básicos de saúde, como atendimentos de odontologia e exames. No primeiro ano do projeto, 19 acadêmicos estiveram na aldeia. Atualmente são cerca de 150 universitários.

O trabalho para mudar a saúde bucal dentro da aldeia é feito desde o início do projeto. Quem mora na aldeia, aprova a iniciativa e diz que demonstra gratidão pelo trabalho recebido. Os voluntários dizem que a experiência não é só profissional.

"Em faculdade a gente tem materiais bons, equipamentos bons, está todo mundo ali, tem o pessoal que pega material, que faz as coisas. Aqui não, aqui é a vida", disse o estudante Pedro Hiaggo.

Rafaela Pereira, também universitária diz que vai levar várias experiências. "Para casa eu vou levar de tudo, tirando o choro que já chorei. São tantas crianças que cada uma que cada uma, antes de eu deitar, vou lembrar do rosto de cada uma. Porque a gente aprende a dar valor nas coisas que a gente tem em casa, na faculdade da gente, saber que o que nossos pais proporcionam e saber que essas crianças não têm a metade do que a gente tem", explicou.

Segundo a professora Ivana Esteves, o projeto já apresenta melhorias na aldeia. "Nesses cinco anos que a gente tem de atividade, nós conseguimos essa melhoria. Eu acredito que já seja um avanço, afinal de contas, a odontologia está aí para melhorar o sorriso e a saúde e não para mutilar", avaliou.

http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2015/07/estudantes-de-sp…

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.