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Primeira Central de Abastecimento da Agricultura Familiar do AM é entregue

A Crítica - http://acritica.uol.com.br/
03 de Set de 2014

Com 7 mil 540 m2 de área construída, 88 boxes, 28 pedras, praça de alimentação com seis restaurantes e amplo espaço para o trânsito de consumidores, será entregue nesta sexta-feira (5) o maior espaço de comercialização da agricultura familiar de todo o Amazonas aos produtores e consumidores da Região Metropolitana de Manaus (RMM). No local, por meio da Sepror, o Governo do Amazonas investiu R$ 5.938.636,33. A princípio, a Central será administrada pela Agência de Desenvolvimento Sustentável do Estado (ADS).

Localizada no Município de Iranduba, logo após a Ponte sobre o Rio Negro, a Central faz parte da política estadual de interiorização do desenvolvimento como alternativa econômica ao modelo do Polo Industrial de Manaus por integrar as ações que oportunizam geração de emprego, renda e conservação ambiental. O Município de Iranduba é considerado grande polo de produção de hortifrutigranjeiro, tendo mais de 60 comunidades produtivas.

No local, trabalharão agricultores familiares de Iranduba e de outros municípios da RMM. Para o secretário da Sepror, Valdenor Cardoso, o Centro tem várias funções estratégicas, entre elas, a melhoria socioeconômica da região. "A determinação do Governo do Amazonas é que esse espaço melhore a qualidade de trabalho dos agricultores e ofereça segurança para os que estão vendendo na beira da estrada", acrescentou Valdenor.

O presidente da ADS, Miberwal Jucá, afirma que o local deve se tornar também um ponto turístico e uma alternativa para os consumidores adquirirem produtos de melhor qualidade a preços mais baratos. "Esta Central de Abastecimento será um importante marco para a agricultura familiar de Iranduba e adjacências pela oportunidade que vai oferecer aos produtores de expor e vender diretamente ao consumidor final os seus produtos com qualidade e preços justos, além de se tornar um ponto turístico para visitação e compras dentro da região metropolitana, com restaurantes e artesanato", garantiu.

Ocupação do espaço

A prioridade de participação na Central foi para os agricultores e feirantes que trabalham à beira da estrada, mas todos os permissionários precisaram passar pela chamada pública para serem autorizados a comercializar os produtos no local. Nos meses que precederam a inauguração do local, Sepror e ADS realizaram várias ações e reuniões para definir, junto com os produtores, a ocupação dos espaços.

Na última terça-feira (2), por exemplo, os produtores receberam cursos de formação sobre atendimento, por meio da Empresa Estadual de Turismo do Amazonas (AmazonasTur) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-AM). Cerca de 100 permissionários participaram das palestras. A parceria será mantida após a inauguração com a realização de cursos de reciclagem.

O presidente da Associação dos Produtores Rurais da Comunidade Nova Esperança, no ramal do Incra, Estrada da Caldeira, Marco Ribeiro, 40, foi um dos selecionados para ocupar as pedras rotativas. A associação também vai ocupar um boxe para comercialização de hortifruti. "Queremos trazer uma tonelada e meia de pimentão por semana, além de pepino, cheiro verde e outros produtos. Acredito que está Central vai ser ótimas, mas precisamos atrair as pessoas com melhor preço e qualidade", opina o produtor.

O produtor Rosimar Mafra de Oliveira, que vende farinha e frutas ao longo da estrada ficou feliz com o anúncio e disse que agora ficará tranquilo para trabalhar. "Meu trabalho é muito perigoso porque quase sempre a gente tem que dormir no local, por não tem onde guardar os produtos", desabafou Rosimar.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Iranduba, Irene Nazário, disse que para a categoria é um orgulho ganhar um espaço desse porte para comercialização de produtos. "Queremos ser parceiros dessa obra porque ela representa a valorização do produtor rural", disse agradecida.

Cada permissionário assinará uma espécie de contrato se comprometendo a seguir algumas regras, entre elas a de não poder vender seu espaço no local. O presidente da ADS, Miberwal Jucá, disse que a ideia é que o espaço, também, desafogue a Manaus Moderna. Dos 88 boxes, um será reservado à Polícia Militar do Amazonas (PM-AM), sete a artesanatos regionais, seis a restaurantes com comidas regionais e os demais para hortifrúti.

As 28 pedras serão destinadas a produtos a varejo e atacado comercializado diretamente pelos agricultores. Sendo que, quatro delas são reservadas a produtos não regionais, ampliando as opções para melhor atender as pessoas que forem à Central.

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