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Hidrelétrica de Couto Magalhães será licitada em setembro

Gazeta Mercantil- Brasília-DF
04 de Jul de 2001

A Usina Hidrelétrica de Energia (UHE) Couto Magalhães, localizada no município de Alto Araguaia, a 395 km da capital, está na lista dos próximos nove projetos que serão licitados em setembro pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A informação é do diretor geral, José Mário Abdo. O preço pedido pelo governo federal será divulgado no final do próximo mês e terá que ser de, no mínimo, um por cento da receita prevista para a empresa.
A usina vai gerar 220 megawatts (MW) e hoje para obter essa quantidade estima-se a necessidade de investimentos de R$ 33 milhões. Mas como o local possui desníveis naturais, a previsão é que o custo seja menor.
O superintendente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), José Epaminondas Conceição, explica que o desembolso poderá ser reduzido porque a UHE será instalada em uma área entre dois paredões (encostas de serra). Por esse motivo, não será preciso fazer diques para criar o reservatório de água, como ocorreu com a Usina Hidrelétrica de Manso. Trocando em miúdos, isso significa redução no custo do transporte de material (cascalho e argila) utilizado para conter a água, conta. Outro fator que pode determinar um preço menor à usina Couto Magalhães, segundo Epaminondas, é que não haverá necessidade de fazer os estudos de engenharia, etapa já realizada pela Eletronorte. O projeto global da indústria foi elaborado nos anos 80 pela empresa federal.
Epaminondas acredita que a UHE vai despertar interesse de compradores porque está em uma localização onde não há usina para abastecer a região. Além do mais, o proprietário poderá vender energia elétrica à Rede/Cemat e para a Celg, de Goiás, por estar na divisa do município goiano de Santa Rita do Araguaia, lembra. O governador Dante de Oliveira antecipa ter conversado com empresários estrangeiros interessados em participar da licitação para comprar a Couto Magalhães. Eles deixaram a intenção de que desejam entrar como investidores do global mas não querem atuar na área de geração, observa.

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