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Governo quer implantar pedágio para acesso a Parque Nacional em MT

G1 - http://g1.globo.com/
Autor: Carolina Holland
06 de Jan de 2014

A concessão da MT-251 no trecho que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães, um dos principais pontos turísticos de Mato Grosso, deverá ter praças de pedágio com preços que poderão variar entre R$ 4,10 e R$ 7,50. O estado também prevê a concessão dos 69,7 km da MT-140 entre Chapada e Campo Verde, e mais 13 km entre a MT-140 e o entroncamento da BR-070, totalizando 148 km. O objetivo é fomentar o turismo e a produção agrícola, diz o governo.

Os valores constam de estudo feito pela empresa Planos Engenharia e apresentados na tarde desta segunda-feira (6) durante a primeira audiência pública promovida pela Secretaria de Estado de Transporte e Pavimentação Urbana (Setpu). Na MT-251, o início da concessão, por meio Parceria Público Privada, deverá ser no km 3,5, logo após o perímetro urbano de Cuiabá, na saída para Chapada dos Guimarães.

De acordo com o relatório, as praças de pedágio ficarão nos km 6, 26, 51 e 59 da estrada, conhecida como rodovia Emanuel Pinheiro. O estudo traz ainda os custos e obras previstas caso haja duplicação ou melhoramento das rodovias estaduais - por sistemas chamados multivias.

O projeto prevê também a implantação da 'estrada parque' entre os km 16 e 61 da MT-251, em referência à unidade de preservação conhecida como Parque Nacional de Chapada dos Guimarães, com mirantes, áreas de descanso e sanitários. Duas das quatro praças de pedágios ficarão dentro da estrada parque, nos km 26 e 51, no trecho antes do perímetro urbano de Chapada, ambas com cobrança bidirecional, como portais de entrada e saída do parque.

Nesse trecho, deverá ser feita a retificação do traçado do Portão do Inferno, no km 46, por meio de viaduto ou túnel, implantação de estrutura de apoio para o tráfego dos veículos nos finais de semana e feriados, e obras ambientais como cercas e passagens de animais.

Nas praças de pedágio dos km 26 e 29, deverão ser feitas duas bases operacionais com serviços de atendimento médico e mecânico, caminhões pipa e veículos para resgate de animais, banheiros, fraldário e área de descanso.

Os custos da concessão variam conforme o tipo de obra que deverá ser feita nas vias. Conforme a Setpu, se for feita a duplicação das estradas, o custo total é de R$ 660 milhões, dos quais R$ 172 milhões bancados pelo estado. Caso a escolha seja pelas multivias, o valor estimado é de R$ 530 milhões, sendo R$ 77 milhões dos cofres públicos.

"A concessão é necessária porque o estado passa por um processo de dificuldade financeira muito grande e, assim, os recursos não são suficientes para atender a demanda, sobretudo no turismo e nas regiões produtoras", disse o secretário-adjunto da Setpu, José Márcio Guedes.

Atualmente, Mato Grosso tem cinco concessões com pedágio e outros dois trechos de rodovias com processos de concessão em andamento. De acordo com dados da Setpu, em 2002 o estado tinha 26,9 mil km de rodovias estaduais, sendo que 1,9 mil km eram pavimentados. No ano passado, a quantidade de estradas subiu para 30 mil km, mas a pavimentação chegou a apenas 6,2 mil km.

Outras duas audiências deverão ocorrer na terça-feira (7) em Chapada dos Guimarães e, na quarta-feira (8), em Campo Verde. A Setpu prevê que, em no máximo 60 dias, o governador Silval Barbosa deverá decidir o que será feito nas rodovias.

http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2014/01/governo-quer-implantar-…

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