GM, Agribusiness, p. B12
21 de Mai de 2004
Biodiversidade é importante para a agricultura, diz FAO
A importância da biodiversidade para a agricultura será o tema do Dia Mundial da Alimentação, em 16 de outubro, anunciou ontem a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). O organismo, com sede em Roma, insistirá na necessidade de conservar as diferentes espécies e ecossistemas para conseguir uma maior segurança alimentícia e um melhor desenvolvimento da agricultura.
O Dia Mundial da Alimentação é celebrado nos mais de 150 países membros da FAO e permite lembrar a cada ano a criação da organização, em 1945.
A biodiversidade está cada vez mais ameaçada pela urbanização, o desmatamento e a contaminação, alertou a FAO, segundo a qual as mudanças na alimentação, a modernização da agricultura e o crescimento da população fazem com que as pessoas disponham de um número limitado de alimentos. Por isso, é necessário fomentar a conservação das espécies, na opinião da agência ONU, para quem, no século XX, perderam-se 75% da diversidade genética da produção agrícola, o que limita as possibilidades de uma dieta rica e variada.
A necessidade de conservar a biodiversidade é fundamental para a alimentação de cerca de 800 milhões de pessoas subnutridas nos países em desenvolvimento, segundo a FAO.
Batatas transgênicas
A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) recebeu licença do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Ibama) para realizar pesquisas em campo experimental com batata geneticamente modificada.
A Licença de Operação para Áreas de Pesquisa (LOAP) autoriza pesquisa em campo envolvendo a avaliação de segurança alimentar e ambiental de batata geneticamente modificada para resistência ao Potato vírus Y (PVY). Segundo a Embrapa, em 1999 e 2000 foram feitas duas liberações com o objetivo de confirmar a resistência do material em campo e avaliar a estabilidade da batata geneticamente modificada no ambiente. Em 2001, as atividades de pesquisa em campo foram interrompidas por força de uma decisão judicial.
Desde então, os estudos foram paralisados devido a mudanças na legislação, inclusive pesquisas em laboratórios. Para obter a autorização, a Embrapa Hortaliças, localizada em Brasília, cumpriu uma série de exigências para garantir a segurança do experimento. Em junho de 2003, a Unidade recebeu autorização para realizar estes testes em regime de contenção - laboratórios e casas de vegetação. (EFE e InvestNews)
GM, 21-23/05/2004, Agribusiness, p. B12
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