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Amigos da Terra assina convênio para assistência técnica em assentamentos

Correio do Tocantins
11 de Jun de 2001

Para marcar o Dia Mundial do Meio Ambiente, que transcorreu na última terça-feira, 5, a ONG Amigos da Terra assinou, no plenário da Câmara Municipal de Marabá (CMM), convênio com a CoopServiços - entidade ligada aos Trabalhadores da Agricultura - para apoio de assistência técnica nas áreas de assentamento em alternativa ao uso do fogo. A solenidade contou com a presença do gerente do Ibama na região, Nazir Salman, e do Secretário Municipal de Meio Ambiente, João Corrêa. O coordenador da Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, aproveitou a ocasião para falar do projeto Fogo: Emergência Crônica, que está sendo desenvolvido pela ONG na região desde 1999; e expressou sua preocupação com o futuro do ecossistema amazônico. De acordo com ele, a assinatura do convênio é um pequeno ato, mas já contribui para a criação futura de uma política pública. Ele lembrou que o agricultor nunca recebeu os instrumentos que possam permitir a sua fixação no campo e justificou que a escolha de Marabá para ser palco de mais um projeto da Amigos da Terra se dá em razão do município possuir o maior número e extensão de assentamentos do País. O convênio vai possibilitar uma série de atividades experimentais e de capacitação, com o objetivo de aumentar a renda, fixar o agricultor à terra e diminuir sua necessidade de desmatar ou queimar. Na opinião de Roberto Smeraldi, a política de assentamentos até agora conduzida na região contribui para o fracasso social e devastação do meio ambiente. Destacando a importância do convênio, Evandro Costa, da CoopServiço, afirmou que a ajuda técnica que os agricultores receberão proporcionará maior proveito do solo sem precisar queimar ou desmatar de forma desordenada, assim como aumentará a produção de suas propriedades. Raimundo Nonato, da Fetagri, elogiou o projeto, mas aproveitou o momento para tecer críticas à falta de políticas públicas dirigidas ao homem do campo. Ele lembrou que essas alternativas estão cada vez mais sendo implementadas na região porque falta investimento oficial dos governos federal, estadual e municipal. A coordenadora do Fogo: Emergência Crônica, Carmem Figueiredo, fez um balanço positivo da atuação do projeto na região e falou dos amigos que conquistou na luta contra as queimadas. Ela também aproveitou o momento para se despedir, já que está deixando a coordenação do projeto em virtude de problemas de saúde. "Vou mas meu coração continuará aqui nesta cidade que eu adoro e onde fiz amigos", disse Carmem.

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