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Acordo garante permanência definitiva de 5 mil famílias em Bom Futuro

MMA - www.mma.gov.br
03 de Jun de 2009

A área de 70 mil hectares ocupados por pequenos produtores na Floresta Nacional de Bom Futuro, em Rondônia, que tem quatro vezes esse tamanho, será transformada em Área de Proteção Ambiental (APA) Estadual e vai ganhar um plano de manejo e projetos de exploração sustentável. Acordo entre o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, e o governo de Rondônia vai assegurar às 5 mil pessoas que moram na Flona a permanência definitiva no local.

A informação foi confirmada nesta quarta-feira pelo próprio Minc, durante lançamento do edital de concessão florestal da Flona Saracá-Taquera, no Cenaflor, em Brasília. O ministro foi enfático ao garantir que, ao contrário do que políticos da região têm falado aos moradores, nunca foi cogitada a retirada da população daquela região. "Lá tem 12 escolas, muitas casas e 14 igrejas, uma verdadeira cidade já instalada, seria desumano tirá essa gente de lá."

Outra área preservada dentro da Flona, com o mesmo tamanho, vai virar Floresta Estadual, servindo como reserva legal. Os outros 130 mil hectares da Bom Futuro serão transformados em unidade de conservação de proteção integral. No acordo também ficou acertado que o governo estadual doará uma área de 180 mil hectares, bem preservada, para criação de um Parque Nacional.

A área fica próximo ao Rio Madeira, onde será instalada a hidrelétrica de Jirau, que deve receber a licença ambiental esta semana. Para Minc, a localização é boa e ajudará a implementar unidade de conservação. "A UC vai receber dinheiro da compensação ambiental, o que significa que será mais fácil de ser implementada, com a construção da sede, centro de pesquisa, demarcação, regularização", explicou.

Minc lembrou que o sucesso das ações de combate aos crimes ambientais foi alcançado com a sua participação direta na apreensão de madeira no local. "Há seis meses saíam diariamente 20 caminhões com madeira ilegal da Flona Bom Futuro, além disso, 35 mil cabeças de gado pastavam na região. Hoje, fiscais do Ibama e do exército impedem a extração de madeira. Nós tínhamos 270 mil hectares, sendo que 70 mil estavam totalmente destruídos. Vamos ficar com 310 mil hectares totalmente conservados e a operação para retirar gado e evitar a saída de madeira vai continuar em comum acordo", disse o ministro. .

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