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Eighty-four per cent of all Amazonian arboreal plant individuals are useful to humans.

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As plantas são usadas na floresta amazônica há milênios e algumas dessas plantas são desproporcionalmente abundantes (hiperdominantes). Em escalas locais, as pessoas geralmente usam as plantas mais abundantes, que podem ser abundantes como resultado do manejo dos povos indígenas e comunidades tradicionais. No entanto, não se sabe se o uso de plantas também está associado à abundância em escalas maiores. Os autores calcularam os tamanhos populacionais de 4.454 espécies arbóreas (árvores e palmeiras) estimados a partir de 1946 parcelas florestais e compilaram informações sobre usos em 29 livros e artigos de etnobotânica amazônica publicados entre 1926 e 2013 para investigar a relação entre a utilidade das espécies e seus tamanhos populacionais, e como essa relação é influenciada pelo grau de domesticação das espécies arbóreas na Amazônia. Descobriram que metade das espécies arbóreas (2.253) são úteis ao homem, o que representa 84% dos indivíduos estimados nas florestas amazônicas. Espécies úteis têm populações médias seis vezes maiores do que espécies não úteis, e sua abundância está relacionada com a probabilidade de utilidade. Espécies incipientes domesticadas são as mais abundantes. O tamanho da população foi fracamente relacionado aos usos específicos, mas fortemente relacionado à multiplicidade de usos. Este estudo destaca a enorme utilidade das espécies arbóreas amazônicas para os povos locais. As descobertas apoiam a hipótese de que as espécies de plantas mais abundantes têm uma chance maior de serem úteis em escalas locais e maiores, e sugerem que, embora as pessoas usem as plantas mais abundantes, os povos indígenas e as comunidades tradicionais contribuíram para a abundância de plantas por meio do manejo de longo prazo.