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M9D00063
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15
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2021
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São Francisco
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PLoS ONE
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7
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Terras Indígenas (TIs) com governança florestal menos centralizada do que Unidades de Conservação (UCs) podem representar soluções climáticas naturais com boa relação custo-benefício para cumprir o acordo de Paris. No entanto, a literatura tem se limitado a examinar o efeito das TIs no desmatamento. Assim, pouco se sabe sobre o efeito temporal e espacial de TIs na dinâmica dos estoques de carbono. Utilizando países da Bacia Amazônica e o Panamá, este estudo tem como objetivo estimar os efeitos temporais e espaciais de TIs e UCs sobre os estoques de carbono. Os efeitos temporais destacam que as TIs preservam os estoques de carbono e as perdas de buffer. Os projetos de descontinuidade geográfica revelam que os limites das TIs garantem estoques de carbono mais extensos do que seus arredores, e essa diferença tende a aumentar em direção às áreas menos acessíveis, sugerindo que o uso da terra indígena em florestas neotropicais pode ter um impacto temporário e espacialmente estável nos estoques de carbono. As descobertas implicam que TIs em florestas neotropicais apóiam Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs) sob o Acordo de Paris. Assim, os povos indígenas devem se tornar destinatários dos pagamentos baseados por resultados do Fundo Verde para o Clima. Temos também a versão em português do artigo.