VOLTAR

Os índios Guarani da Serra do Tabuleiro e a conservação da natureza: uma perspectiva etnoambiental.

FAÇA O DOWNLOAD

Tamanho: 2.14 MB  |  Formato: PDF

Esta tese se insere na interface entre o direito à demarcação de espaços territoriais tradicionais dos Guarani na Mata Atlântica e o processo de reordenamento territorial para a conservação da Natureza. Nessa interface duas amplas perspectivas teóricas se colocam: a primeira, a da Preservação, entende que a exclusão de humanos diminui o impacto nas áreas a serem preservadas. A segunda, a da Conservação e sua caudatária, a Etnoconservação, defendem a permanência das populações indígenas por serem importantes aliadas para a construção de um manejo em que o manejo tradicional indígena pode contribuir para a sustentabilidade ecológica desses espaços. Os Guarani do Mbiaçá, nas fontes quinhentistas, têm suas áreas inseridas no contexto do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro, uma aldeia totalmente sobreposta ao parque e três delas em seu entorno, o que tem dificultado o processo de demarcação e inclusão dessas áreas no projeto Microbacias2 com objetivos de promover a sustentabilidade socioambiental. O objetivo dessa pesquisa é contribuir para o conhecimento dos fatores que promovem ou não a sustentabilidade etnoambiental das aldeias da Serra do Tabuleiro, especialmente na aldeia de Morro dos Cavalos, por entender que é a partir desta condição que essas áreas indígenas podem somar-se aos esforços da conservação da natureza na Mata Atlântica na perspectiva da Etnoconservação em seus espaços territoriais de domínio. Para além do dualismo teórico das perspectivas de proteção à natureza, o percurso teórico-metodológico da tese foi o da interdisciplinaridade com vistas a abarcar as interrrelações entre a etnohistória (guarani), cosmologia (visão de mundo), a territorialidade, o manejo agroflorestal e a sustentabilidade etnoambiental.