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O barro, o genipapo e o giz no fazer epistemológico de autoria Xakriabá: reativação da memória por uma educação territorializada.

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A dissertação teve como objetivo refletir sobre os saberes e os fazeres presentes no território, analisando as experiências de educação indígena mesmo antes da presença da escola e depois do amansamento dessa. O título se refere a esse trânsito de ciclos de saberes que envolve as diferentes agências (e agentes) pelas quais se produz o conhecimento, constituindo um fazer epistemológico de autoria Xakriabá. Esta pesquisa foi realizada no território indígena Xakriabá, na aldeia Barreiro Preto, na Escola Estadual Indígena Xukurank. Busca compreender como a escola interage dentro da comunidade e como a mesma tem se comprometido na interlocução com outras narrativas e narradores que tem como matriz formadora o saber fazer pela ciência do território. A essa matriz formadora principiada no território, é atribuído o mote para uma educação territorializada, que apresenta como ponto de partida e de chegada a potência da epistemologia nativa, presente na memória e na transmissão oral. Busca explicitar o deslocamento de significados da escola na interface com território. Predomina na literatura que trata a experiência do calendário sociocultural nos Xakriabá, uma compreensão de que a cultura vem se firmando como elemento central nas escolas Xakriabá, entretanto, depois de analisar esta experiência da escola Xukurank, conclui que o saber corporificado que está ancorado no território é o elemento que sustenta a escola desde o seu amansamento, sendo o calendário sociocultural parte importante mas não a totalidade desse processo.