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Ilhas de alta produtividade: inovação essencial para a manutenção dos seringueiros nas reservas extrativistas.

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A sustentabilidade do extrativismo vegetal da borracha tem sido centro de grandes discussões na região amazônica. Essa atividade é considerada inviável economicamente e que padece de atraso tecnológico inerente à cultura, além de desempenho econômico inferior às demais atividades. As Reservas Extrativistas (RESEX) surgem como alternativas de desenvolvimento sustentável para a região, em particular no estado do Acre. Os baixos rendimentos proporcionados pelas atividades extrativas tradicionais estão acarretando enormes dificuldades para a manutenção tanto dos seringueiros quanto da própria floresta. O objetivo geral deste trabalho é analisar o papel da incorporação do progresso tecnológico previsto nas Ilhas de Alta Produtividade (IAPs), implantadas na RESEX “Chico Mendes”, no município de Xapuri-AC, como principal agente de um processo de viabilização do extrativismo vegetal, em particular da borracha. Trabalha-se com a hipótese de que com o rompimento do arcaico padrão tecnológico vigente no extrativismo tradicional mediante incorporação de inovação tecnológica, notadamente no processo produtivo, as atividades extrativistas poderão viabilizar o desempenho econômico das famílias extrativistas dentro de suas unidades de produção. As IAPs são analisadas enquanto uma inovação de processo e buscou-se apreender qualitativamente suas características. Os resultados demonstraram a viabilidade tanto econômica quanto ambiental das IAPs implantadas, tendo em vista a manutenção dos seringueiros e da preservação do meio ambiente. Assim, na busca de desenvolvimento sustentável para as Unidades de Conservação, em particular nas RESEX, na Amazônia, as IAPs podem ser uma alternativa produtiva sustentável, pois além gerar significativo acréscimo de renda às famílias, acumulam uma função primordial dentro do sistema: reflorestamento.