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0AT00024
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368
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2011
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Brasília
Este trabalho analisa a demanda dos povos indígenas do Alto Rio Negro por educação escolar e universitária verificada nos últimos anos e o lugar que a escola e o mundo moderno ocupam no imaginário atual desses povos, a partir do qual projetam e constroem seu futuro. O principal pressuposto é de que, após séculos de contato e dominação colonial, estes povos decidiram buscar apropriar-se dos conhecimentos, bens e serviços do mundo global moderno, para resolver ou ao menos amenizar os problemas que enfrentam desde o período pré-contato até aos dias de hoje. Neste sentido, a escola foi escolhida como um dos principais meios para essa apropriação de conhecimentos dos brancos e dos seus modos de vida. A escola indígena, portanto, não é vista como instrumento preferencial de fortalecimento ou resgate de culturas e identidades tradicionais, como pressupõe a ideia mais comum de escola indígena diferenciada, mas como mecanismo de aproximação e interação com o mundo extra-aldeia global. O trabalho sugere que em relação aos problemas de culturas e identidades, é desejável que a escola contribua, facilite e apoie, mas estes devem ser de responsabilidade geral das famílias, das comunidades e dos povos indígenas.