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Educação escolar entre os povos indígenas de Mato Grosso: cinco casos, cinco estudos.

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Analisa os contextos históricos políticos de implementação de políticas de direito na educação escolar indígena e de estudos de casos de cinco escolas indígenas de Mato Grosso, que no decorrer do processo de formação de professores foram se apropriando da escola indígena, e promovendo mudanças a partir da valorização dos saberes, da cultura, e da língua. Ao adotarem novas frentes de processos próprios de aprendizagem, possibilitaram o surgimento de práticas pedagógicas e culturais determinantes para a valorização da cultura e o fortalecimento da identidade étnica. A Escola Estadual Indígena Central Ikpeng, povo Ikpeng, Escola Estadual Indígena Julá Paré, povo Balatiponé-Umutina, Escola Estadual Indígena Malamalali, povo Haliti-Paresi, Escola Municipal Indígena Olavo Duarte Mendes, povo kurâ-Bakairi da aldeia Yemâriri (Santana) e a proposta de criação da “Escola Estadual Indígena Mipá” e a revitalização da língua indígena entre o povo Goveúvý-Guató do Pantanal de Mato Grosso, serviram de base para as discussões e reflexões acerca do novo paradigma da escola específica, diferenciada, bilíngue e intercultural. Apesar de o estudo demonstrar que esses espaços educativos contribuíram para a efetivação da educação escolar indígena, evidencia também que, mesmo com as progressivas mudanças, as escolas indígenas ainda não são reconhecidas como escolas diferenciadas pelo sistema de ensino estatal. As novas práticas no interior das escolas indígenas, novos currículos, onde se ensinam a língua materna e saberes indígenas são indicativos de que a escola indígena vem passando por mudanças que podem, de fato, atender as perspectivas de uma educação específica e diferenciada.