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Vazamento de rejeitos ameaça rios

CB, Brasil, p. 14
04 de Mar de 2006

Vazamento de rejeitos ameaça rios

O vazamento de 400 mil metros cúbicos de rejeito de bauxita da Rio Pomba Empresa de Mineração Ltda., em Cataguases (MG), manchou de vermelho os rios Fubá e Muriaé e causou a suspensão da captação e distribuição de água de Laje do Muriaé (RJ), por decisão da governadora do Rio, Rosinha Matheus. Uma mancha de 70km de extensão, segundo a Defesa Civil do Rio, e 7km, de acordo com a Rio Pomba, tomou conta das águas da região.
A empresa afirma que não há produtos químicos nem metais pesados, e assegura que o material é "inerte", não-tóxico, exclusivamente argila. A Feema não constatou resíduos tóxicos no Rio Muriaé, mas adverte que a fauna e a flora sofrerão algum tipo de impacto. O estado do Rio estuda mover ação de compensação dos prejuízos e de reparação da flora e fauna, por meio da Procuradoria Geral do Estado, contra a indústria.
A Rio Pomba comercializa bauxita. O diretor industrial da empresa, Carlos Ferlini, explicou que o produto bruto é retirado do meio ambiente e decantado; a argila, subproduto do processo, é mantida em barragem de 3,8 milhões de metros cúbicos, que vazou, inicialmente por uma fenda de 15cm por 5cm, a 15m de profundidade. O vazamento durou pelo menos 72 horas após o deslocamento de placa de contenção.
O acidente, iniciado na madrugada de quarta-feira, deixou em alerta as autoridades do Rio de Janeiro. A governadora Rosângela Matheus estava ontem em Campos e avisou aos prefeitos da região. Ela enviou ontem a presidenta da Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), Isaura Fraga, e o secretário de Defesa Civil, Carlos Alberto de Carvalho, para Laje do Muriaé, onde o problema era mais grave, e o abastecimento de água foi cortado. Seis cidades do Rio - Laje do Muriaé, Itaperuna, Italva, Cardoso de Moreira, Campos dos Goytacazes e Paraíba do Sul - são abastecidas a partir do Rio Muriaé.

CB, 04/03/2006, Brasil, p. 14

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