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Chuvas e consumo menor aliviam represas

OESP, Economia, p. B3
26 de Jul de 2015

Chuvas e consumo menor aliviam represas
Cresce capacidade de geração das usinas hidrelétricas e preços da energia no mercado à vista arrefecem

André Magnabosco - O Estado de S. Paulo

As perspectivas de chuvas para manter as usinas hidrelétricas gerando energia suficiente para abastecer o País continuam favoráveis, segundo boletim semanal do Operador Nacional do Sistema (ONS) relativo ao mês de julho e que foi divulgado na sexta-feira. O novo "Informe do Programa Mensal de Operação" mostra que a quantidade de chuvas nas regiões Sudeste e Centro-Oeste deve ser equivalente a 131% da média histórica para o mês.
O bom volume de chuvas já tem reflexo nos preços. As duas regiões são responsáveis por 70% da reserva de energia do País e as chuvas devem contribuir para que o nível de água armazenada nos reservatórios chegue a 37,5% da capacidade, um porcentual muito próximo do que se estimava na semana anterior. A recuperação dos reservatórios nessas áreas, em pleno período seco, acontece porque as chuvas nas áreas dos reservatórios têm superado a média do período e também porque o uso de água das reservas tem sido menor do que o esperado, em função da tendência de retração do consumo de energia, reflexo da própria recessão econômica.
A projeção do ONS é que o País consuma 59,7 gigawatts médios de energia em julho, o que é quase 3% a menos do que no mesmo período de 2014. Até a semana passada, as projeções davam conta de um consumo cerca de 2,5% menor. Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste a queda deve ser ainda maior, chegando a 4,6%, segundo estimativa do ONS. No Sul, as projeções indicam retração de 2%.
As regiões Nordeste e Norte ainda estão na contramão e o consumo deve crescer cerca de 0,5%, segundo o ONS. Essa estimativa, entretanto, era bem diferente há duas semanas, quando o Operador projetava crescimento de consumo de carga de energia elétrica de quase 6% nessas áreas.
Se, por um lado, a redução do consumo é reflexo de uma desaceleração da economia, por outro ela é importante para evitar um esgotamento dos reservatórios, principalmente na região Nordeste, onde a situação é mais crítica. A quantidade de chuvas prevista para o mês de julho nessa parte do País deve ser equivalente a 50% da média histórica do mês. Na semana retrasada, o ONS estimava que o nível dos reservatórios chegaria ao dia 31 de julho com o equivalente a 22%, número que foi mantido agora.
Preços. Com esta expectativa positiva em relação às chuvas, os preços no mercado à vista de energia tendem a cair. O Custo Marginal de Operação, ou seja, o custo para gerar energia, que baliza esses preços no mercado à vista, caíram em todas as regiões. Nos mercados Sudeste/Centro-Oeste, os mais importantes, o custo caiu 3,3%, para R$ 171,13 por MWh.

OESP, 26/07/2015, Economia, p. B3

http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,chuvas-e-consumo-menor-al…

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