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Passivo ambiental pode custar R$ 800 mi à CSN

OESP, Negócios, p. B18
09 de Mar de 2013

Passivo ambiental pode custar R$ 800 mi à CSN
Só o Termo de Ajustamento de Conduta relativo a um vazamento no Rio Paraíba do Sul pode chegar a R$ 500 milhões

NA DURÃO / RIO

Dona de um dos maiores passivos ambientais do Rio de Janeiro, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) poderá gastar em torno de R$ 800 milhões para enquadrar suas operações às exigências das autoridades fluminenses. O valor inclui as ações previstas no Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado com o governo em 2010, após um vazamento de óleo no Rio Paraíba do Sul, e de outras complementares. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) estima que só o valor previsto no TAC dobrará para R$ 500 milhões.
"A própria CSN está propondo novos investimentos cuja necessidade foi detectada ao longo da execução do TAC. Eles têm estimativa preliminar de que terão de investir mais de R$ 800 milhões para que a empresa atenda a todos os padrões ambientais", disse ao Estado a presidente do Inea, Marilene Ramos. A CSN não comentou o assunto.
O montante equivale quase ao investimento em uma nova usina. A unidade de aços longos que está sendo construída pela companhia em Volta Redonda, por exemplo, está orçada em R$ 1,2 bilhão. Com início de operação previsto para o fim de agosto, a siderúrgica teve sua obra embargada na última terça-feira pelo Inea por falta de pagamento de compensações ambientais. Ontem, após depositar a quantia, a CSN foi autorizada a retomar a construção.
O prazo para CSN cumprir os 114 itens acordados no Termo de Ajustamento de Conduta vence em outubro. Segundo Marilene, poderá ser prorrogado por um ano ou mais, para permitir a execução de novas ações que podem levar mais tempo. A presidente do Inea estima que 10% dos itens estejam em atraso.
OSX. O Ministério Público Federal (MPF) informou ontem que a Justiça Federal de Campos, no norte fluminense, determinou por liminar que a OSX, empresa do grupo EBX, pare de suprimir as restingas de uma área de preservação permanente durante a instalação da Unidade de Construção Naval do Açu (UCN Açu), sob pena de multa diária de R$ 100 mil.
Em nota, LLX e a OSX informaram que a supressão de vegetação na UCN Açu foi integralmente encerrada em 2012. As empresas destacam que "as ações foram realizadas de acordo com as licenças e autorizações emitidas pelas autoridades competentes". A decisão foi concedida em ação civil pública movida pelo MPF e várias associações.

OESP, 09/03/2013, Negócios, p. B18

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