VOLTAR

Parque Nacional de Brasília substitui árvores exóticas por nativas

ICMBio - www.icmbio.gov.br
05 de Set de 2008

A direção do Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral, está substituindo as árvores exóticas por espécies nativas do Cerrado. Até o momento, já foram plantadas inúmeras mudas. O processo consiste em fazer o corte raso (rente ao chão) da espécie exótica e a colocação, no seu lugar, de mudas das plantas nativas.

Como há derrubada de árvores, a equipe do parque procura esclarecer e sensibilizar as pessoas sobre os efeitos nocivos das espécies exóticas, principalmente em unidades de conservação, como é o caso do Parque Nacional de Brasília, que tem o objetivo de proteger amostras da fauna e flora do Cerrado. O público-alvo são os visitantes e usuários, além dos moradores do entorno da unidade.

As espécies exóticas invasoras, além de sobreviverem e se adaptarem ao novo meio, afetam a biodiversidade nativa, alteram as características e o funcionamento dos processos ecológicos, levam à quebra de ecossistemas naturais e à redução ou até à extinção de populações de espécies nativas. Em função da amplitude dos impactos, cuja dimensão pode ser irreversível, as espécies exóticas invasoras constituem a segunda maior causa de perda da biodiversidade no mundo.

As plantas exóticas ainda interagem negativamente com as nativas. É chamada "competição interespecífica", ou seja, competição por recursos, por ocupação de espaço, por crescimento em cobertura e por inibição química devido à liberação de substâncias tóxicas pelas raízes, folhas e sementes. Em alguns casos, essa disputa pode se intensificar e causar efeito depressor sobre as nativas, excluindo-as do local.

Antes de iniciar a substituição das árvores, o Parque Nacional de Brasília elaborou um projeto de manejo das espécies exóticas arbóreas, arbustivas e herbáceas que ocorrem nas áreas das piscinas, do Centro de Visitantes, do complexo administrativo e das residências funcionais, zonas de uso intensivo e de uso especial. Entre as ações de manejo, foi indicada a substituição de árvores exóticas por árvores naturais do ecossistema protegido pela unidade.

O projeto tem o aval da Coordenação do Bioma Cerrado da Diretoria de Unidades de Conservação de Proteção Integral, do Instituto Chico Mendes, e foi iniciado em março de 2006. A primeira etapa consistiu no levantamento das espécies exóticas arbóreas e arbustivas que ocorrem nessas áreas. As espécies de gramíneas lenhosas e de herbáceas perenes também constaram do estudo. Após o diagnóstico, indicaram-se as ações básicas para o manejo das espécies exóticas.

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.