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MINISTÉRIO REVÊ LICENÇA PARA GASODUTO COARI-PORTO VELHO

GTA-Manaus-AM
05 de Nov de 2002

O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, anunciou no V Seminário sobre Gás Natural de Urucu, realizado em outubro, que os riscos apontados pelos movimentos sociais e ambientais orientam um novo estudo sobre o licenciamento prévio dado pelo IBAMA para que a Petrobrás atravesse mais de 500 quilômetros de florestas nativas com o gasoduto Coari-Porto Velho. Mas a campanha convoca toda a sociedade brasileira para juntar-se na luta pelo direito à vida, especialmente das populações tradicionais que conservam as florestas (ribeirinhos, extrativistas, povos indígenas, pescadores...) em um claro repúdio a grandes projetos de infraestrutura, energia e mineração na Bacia Amazônica. O mesmo movimento deve envolver as comunidades e povos afetados por empreendimentos nos outros países amazônicos, como a Colômbia, Venezuela, Peru, Bolívia, Equador e as Guianas. É preciso mudar o modelo que estimula o desmatamento e a degradação ambiental na maior floresta tropical do mundo. Nesse ponto, os investimentos da Petrobrás em levar confortavelmente representantes de ONGs e movimentos sociais para conhecer sua gestão ambiental em Coari é uma estratégia ambígua por omitir os impactos sociais, culturais e ambientais existentes na Vila Lira e em toda a extensão do rio Urucu ou áreas como o lago do Coari Grande e Solimões, resultantes do gasoduto já existente entre Urucu e Coari. Para os participantes do seminário, organizado pela CPT com apoio da Rede GTA e Amigos da Terra, muitas falhas tornam inviável o atual estudo de impacto ambiental apresentado pela Petrobrás para a sociedade brasileira, que precisa se tornar responsável sobre os efeitos das fontes de energia que precisa utilizar. Contatos: cptam@argo.com.br

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