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Mais um fazendeiro acusado da morte de freira é preso em Belém

O Globo, O País, p. 4
08 de Abr de 2005

Mais um fazendeiro acusado da morte de freira é preso em Belém
Regivaldo Farias Galvão, o Taradão, é suspeito de ser um dos mandantes

Ismael Machado

O fazendeiro Regivaldo Farias Galvão, o Taradão, um dos suspeitos de fazer parte do suposto consórcio que financiou o assassinato da missionária Dorothy Stang, foi preso ontem à tarde em Belém pela Polícia Federal. Ele acabara de prestar depoimento sobre o bilhete que o fazendeiro Vitalmiro Bastos de Moura, o Bida, acusado de ser um dos mandantes, ditou ao irmão e que denuncia a participação de grandes proprietários de terra em Altamira no crime.
Taradão não sabia que sua prisão já fora ordenada pelo juiz de Pacajás, Lucas do Carmo. Acompanhado da mulher e do advogado, Taradão disse que não conhece pessoalmente Bida e que não teve participação no assassinato da freira. Ele disse ainda que ficou em Altamira esperando ser chamado para depor.
Hoje, a Polícia Federal fará uma acareação entre Bida e Taradão, que diz não conhecer o outro fazendeiro preso. Mas Bida afirma que Taradão é um dos mandantes do assassinato.
0 nome de Regivaldo Farias Galvão vem sendo citado desde antes do assassinato da missionária Dorothy Stang. Na denúncia encaminhada ao Ministério Público alguns meses antes de ser morta, a missionária citava Taradão como um dos principais responsáveis por atos de violência em Altamira e Anapu. Ele teria vendido glebas de terra a Amair Feijoli, o Tato, em áreas onde estariam sendo implantados o Projeto de Desenvolvimento Sustentável, em Anapu.
Taradão também já havia sido preso há dois anos, por envolvimento no escândalo de verba desviada da Sudam. Segundo a PF, ele seria um dos principais financiadores do esquema fraudulento no órgão.

O Globo, 08/04/2006, O País, p. 4

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