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Expedição ao Parque Nacional da Chapada das Mesas teve ampla participação

ICMBio - www.icmbio.gov.br
09 de Jul de 2008

Cerca de 50 pessoas participaram da Expedição ao Parque Nacional da Chapada das Mesas, localizado no Maranhão, organizada pelo Instituto Chico Mendes, Ibama, Ordem dos Advogados do Brasil e Secretaria de Estado de Turismo promoveram, na última semana. A programação envolveu visitas técnicas, palestras e discussões sobre atividades turísticas, licenciamento ambiental de empreendimentos no entorno do parque e regularização fundiária.

A importância do parque na conservação do cerrado e as principais ações do ICMBio na região no ano de 2007 foram tema da palestra do responsável pelo parque, Leôncio Lima. As palestras e debates foram abertos à comunidade local, que participou com especial interesse da apresentação sobre os procedimentos para consolidação territorial, feitos pelos analistas ambientais da Coordenação Geral de Regularização Fundiária do ICMBio em Brasília, Bruna Silva e Luciano Faria.

O grupo visitou o complexo turístico da Pedra Caída, localizado na região de entorno do parque e que se encontra em fase de licenciamento para ampliação das instalações. A maioria dos atrativos turísticos da região, como a cachoeira da Pedra Caída e o Morro do Chapéu, em Carolina, e o Poço Azul e a cachoeira de Santa Bárbara, em Riachão, estão na região de entorno do parque, daí a importância da área protegida para a economia da região.

No interior do parque o grupo visitou as cachoeiras de São Romão e Prata, antigos atrativos turísticos de Carolina cuja visitação vem crescendo continuamente desde a criação da unidade de conservação, em dezembro de 2005. Para os participantes, a expedição foi extremamente positiva. Nas próximas semanas, ações concretas serão tomadas para avançar na implementação do parque e na dinamização da atividade turística do entorno.

O objetivo da expedição foi identificar as expectativas da comunidade e do poder público local e as demandas da administração do parque, especialmente no que se refere à consolidação territorial e ao uso turístico da área; informar a população sobre as ações desenvolvidas pelo Ibama e ICMBio na região, esclarecer as principais dúvidas e mobilizar órgãos públicos e a sociedade civil organizada para definir parceiras e ações voltadas para encaminhamento das questões apresentadas.

Sobre a Chapada das Mesas - As chapadas são formações geológicas em arenito com mais de 60 milhões de anos, com paredes quase a prumo e topo plano como uma mesa, dão o nome à região onde o parque se encontra. Nos topos horizontalizados há presença de vegetação herbáceo-arbustiva, nas escarpas verticalizadas, vegetação pioneira e espécies arbóreo-arbustivas nas áreas de talus (base da escarpa). Criado em 2005, o Parque Nacional da Chapada das Mesas possui pouco mais de 160 mil hectares, distribuídos entre os municípios de Carolina, Estreito e Riachão, no Maranhão.

A região é de importantíssimo valor para a manutenção da biodiversidade brasileira, uma vez que atua como área de transição entre três biomas Cerrado, Amazônia e Caatinga e com potencial para abrigar várias espécies da flora e fauna, como jacu-peba (Penelope superciliaris), ema (Rhea americana), tatu-peba (Euphractus sexcinctus), seriema (Cariama cristata), guariba (Alouatta sp), jaó (Synalaxis spixii), caititu (Tayassu tajacu), codorna (Nothura minor) iguana (Iguana iguana), teiú (Tupinambis teguixim), bicho-preguiça (Bradypus sp), dentre outros.

O parque protege as nascentes de muitos rios que são usados na região para abastecimento, lazer e pesca. A conservação do bioma Cerrado e a recuperação das áreas que já foram alteradas também ajudam a manter as boas condições do clima e das chuvas, beneficiando toda a região.

O Parque Nacional da Chapada das Mesas encontra-se em fase inicial de implantação, com ações voltadas para a proteção da área, como a prevenção e o combate a incêndios florestais, com o apoio de brigadistas treinados entre os moradores da região e contratados pelo período de seis meses; e para o monitoramento e fiscalização com o intuito de reduzir as ações prejudiciais ao ecossistema.

Paralelamente a estas atividades, a equipe do parque desenvolve um programa de comunicação e integração com a população da região, com divulgação de informações diversas sobre o parque e questões ambientais por meio das rádios locais, palestras e material impresso. Este programa visa a traçar o diagnóstico da ocupação, identificando as famílias que moram ou trabalham na área orientando-as quanto aos cuidados que devem ser tomados para evitar danos à unidade de conservação.

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