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Enchimento de lago de usina esta parado

OESP, Vida, p.A11
20 de Dez de 2004

Enchimento de lago de usina está parado
Elder Ogliari
A Energética Barra Grande S.A. (Baesa) já admite que o enchimento do lago da usina de 690 megawatts que está construindo no Rio Pelotas, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul, poderá sofrer atrasos se a paralisação do corte das árvores da zona que ficará submersa prosseguir por mais alguns dias. A retirada da cobertura vegetal foi suspensa no dia 21 de outubro, por determinação da Justiça, e não foi mais retomada. A liminar foi cassada duas semanas depois, mas as tentativas que a empresa fez de retomar os trabalhos foram impedidas por manifestações do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).
Além disso, o assassinato do operário Lourival Tadeu da Silva, em 8 de novembro, em circunstâncias ainda não esclarecidas, aumentou o clima de tensão na região e fez a Baesa preferir a negociação à requisição da força policial para fazer valer a decisão da Justiça.
NEGOCIAÇÕES
A empresa, que já indenizou mil famílias e reconheceu o direito de mais 376 famílias, é pressionada pelo MAB a incluir outras 650 famílias na lista de quem vai receber dinheiro ou reassentamento. Os candidatos alegam que, para sobreviver, dependiam do trabalho que faziam na área que será alagada pela usina. A empresa admitiu reexaminar o caso de 235 pretendentes, mas entende que a maioria deles não exercia atividade econômica na região. "Muitos são apenas curiosos", afirma Miranda.
A Usina Hidrelétrica de Barra Grande é um investimento de R$ 1 bilhão que vai gerar energia para os participantes do consórcio Baesa, a Alcoa, Votorantim, Camargo Correa, CPFL e DME de Poços de Caldas (MG). As turbinas devem começar a operar em outubro de 2005.

OESP, 20/12/2004, p. A11

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