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Conheça os mamíferos aquáticos da Amazônia

Portal Amazônia - http://portalamazonia.com
Autor: Izabel Santos
21 de Mar de 2015

Ariranha, lontrinha, peixe-boi e boto dividem os vastos rios da Amazônia

Os rios da Amazônia são o lar de quatro espécies de mamíferos. As ariranhas, as lontras, os peixes-boi e os botos. Em comum, as espécies possuem o corpo hidrodinâmico, adequado à vida dentro d'água. Eles também estão quase todos ameaçados de extinção, vítimas da caça, como é o caso do peixe-boi, ou por serem competidoras da pesca com o ser humano, no caso das ariranhas e dos botos.

Ariranha (Pteronura brasiliensis)

A ariranha é um animal semelhante à lontra e que é encotrada em todo o Brasil. Ótima nadadora, mergulha bem, alimenta-se de peixes e vive em bandos de até 20 elementos. Gosta de morar à beira de rios e lagos, onde faz tocas. A cor geral, nas partes superiores, é marrom-pardacenta e, inferiormente, mais clara. Quando molhada, a cor é mais escura. A cauda musculosa é achatada dorso-ventralmente do meio até a ponta e auxilia o deslocamento dentro d`água. Os pés são grandes e apresentam membrana interdigital.

Os locais que apresentam melhores condições para sua sobrevivência são os parques florestais e reservas biológicas. Não há dados precisos sobre a reprodução da lontra, mas sabe-se que sua gestação dura cerca de 60 dias e o número de filhotes varia entre um e cinco. A fêmea cuida da ninhada durante um extenso período, elevando presas semi-abatidas para os filhotes. Ao completar um ano, os filhotes começam a se dispersar.

Boto tucuxi ou boto-cinza (Sotalia fluviatilis) e Boto-vermelho ou boto cor-de-rosa (Inia geoffrensis)

Os botos são conhecidos por serem brincalhões como os golfinhos, mas nem todos são sociáveis. O boto-vermelho é mais simpático que o boto-cinza, mais arisco e averso ao contato humano. Têm olhos pequenos e não enxergam muito bem. Para se comunicar e se guiar eles emitem sons agudos que fazem eco na água. Os botos chegam a medir 2,5 metros e a pesar mais de 150 quilos. Com a idade, a coloração geral clareia, tornando-se rosada. Os adultos, principalmente os machos, podem se tornar inteiramente cor-de-rosa, quase vermelhos.

Peixe-boi da Amazônia (Trichechus inunguis)

É o menor dos peixes-bois existentes no mundo. Alcança 2,8 a 3,0 metros de comprimento e pode pesar até 450 quilos. Seu couro cinza escuro é extremante grosso e resistente. A maioria dos indivíduos tem uma mancha branca na região ventral. Esta característica, juntamente com a ausência de unhas nas nadadeiras peitorais, ajuda a distingui-lo do peixe-boi marinho e do africano.

Essa espécie é também, a única que ocorre exclusivamente em água doce, podendo ser encontrada em todos os rios da bacia Amazônica.

Alimenta-se essencialmente de plantas aquáticas e semi-aquáticas, e chega a consumir mais de 8% do seu peso corporal em alimento por dia. Seu metabolismo é de apenas 36% daquele previsto para um mamífero placentário do mesmo porte. Isto o permite permanecer mais de 20 minutos em baixo da água, sem respirar. A fêmea de peixe-boi produz em geral, apenas um filhote a cada gestação e este filhote pode mamar por mais de dois anos.

No passado, os peixes-bois foram muito caçados pela sua carne e couro. Hoje a caça, embora ilegal, é ainda feita principalmente pelas populações ribeirinhas, para o consumo da carne. Além da caça, as principais ameaças ao peixe-boi são a destruição e a degradação do habitat, incluindo a liberação de mercúrio e agrotóxicos nos rios.

Represas de hidrelétricas atuam como barreiras e isolam populações, limitando a variabilidade genética da espécie. Frequentemente filhotes são acidentalmente capturados em redes de pesca e alguns resgatados pelo IBAMA e órgãos ambientais.

Lontra ou lontra neotropical (lontra longicaudis)

A lontrinha, ou lontra neotropical, é uma espécie de pequeno porte amplamente distribuída no País, mas tem sua ecologia pouco conhecida. Ela prefere viver em águas claras, onde come, principalmente, peixes. A lontrinha tem hábitos noturnos e diurnos.

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