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“Quanto vale a vida?”: os Mēbengôkre-Xikrin do Bacajá e os Juruna da Volta Grande do Xingu contra a engenharia de cálculo e setores técnico-empresariais da hidrelétrica de Belo Monte.
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0ID00107
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2020
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Goiânia
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95-126
A pergunta do título deste capítulo foi enunciada em 2018 por Dona Graça, moradora da Volta Grande do Xingu, na Terra Indígena Paquiçamba, área de impacto direto de operação da Hidrelétrica de Belo Monte. A questão foi feita por ela a representantes da Norte Energia, maior concessionária da usina instalada na região do Médio Xingu, nas proximidades da cidade de Altamira no Pará. É essa pergunta que norteia a composição etnográfica apresentada neste capítulo. Uma pergunta de levante da vida contra sua transformação em rendimento de energia elétrica, cálculo de impacto e medidas de compensação associadas ao processo de licenciamento e construção do empreendimento hidrelétrico.