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Genocídio indígena no Brasil: uma mudança de paradigma.

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No livro, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos apresenta a constituição do vocábulo “genocídio” e a formulação de seu paradigma no plano internacional. A obra mostra como foram elaborados diversos conceitos sob a premissa de que massacres étnicos seriam somente aqueles que se ajustam ao protótipo do holocausto nazista, arraigados a uma visão eurocêntrica de genocídio. A hipótese apresentada é que essa premissa restringe o reconhecimento da prática de genocídio em outras situações, como por exemplo casos envolvendo povos indígenas no Brasil, onde já se chegou a concluir que "genocídio é crime contra a humanidade e não contra o índio". O livro é baseado na atuação do autor no caso da morte de indígenas da etnia Tikuna, em 1988, conhecido como 'O Massacre do Capacete'. O caso foi a primeira ação relacionada à genocídio feita pelo Ministério Público Federal. Descreve o período de tramitação simultânea com o caso do Massacre de Haximu, segundo genocídio judicializado no Brasil, mostrando a influência processual de um sobre o outro.