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As florestas precisam das pessoas.

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O objetivo deste estudo foi descrever as características diferenciais do manejo da terra nas áreas protegidas – terras indígenas, territórios quilombolas e unidades de conservação ocupadas (ou não) por populações tradicionais – que envolvem a proteção, regeneração e os ciclos de manejo da vegetação secundária. As trajetórias da cobertura da terra foram definidas usando mapas de uso do solo preparados com o conjunto de dados da coleção 6 do MapBiomas para o período de 1985 a 2020. A proporção de cobertura natural e antrópica foi usada para modelar a efetividade das áreas protegidas com diferentes níveis de ocupação tradicional em manter a vegetação natural. Classes de vegetação natural preservadas e em regeneração apresentaram índices elevados no interior dos territórios onde a presença de populações tradicionais é permitida ou tolerada; enquanto classes de vegetação antrópica e menores ciclos de rotação em áreas antropizadas aumentaram nas unidades de conservação sem restrições (APAs) e zonas de amortecimento. Os resultados reforçam os modos de ocupação tradicional como escudos do desmatamento, manutenção da vegetação nativa e ciclos menores de regeneração. Estes resultados sugerem a necessidade de políticas públicas para fortalecer a proteção e gestão das áreas protegidas, bem como para a restauração ambiental das zonas de amortecimento.