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O traço e o círculo: o conceito de parentesco entre o jê e seus antropólogos.

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A tese se funda em pesquisa de cunho bibliográfico e tem como objeto o conceito de parentesco entre os povos de língua jê, e como um de seus objetivos lançar uma ponte entre as sociedades do Brasil Central e aquelas típicas da Amazônia. Pode ser descrita também como uma tematização do problema do dualismo centro-brasileiro, cujo desenvolvimento institucional, na forma de uma multiplicidade de metades e grupos principalmente de caráter cerimonial, tornou célebres esses povos, desde as etnografias  de Nimuendajú e dos trabalhos de Lévi-Strauss. As pesquisas dos participantes do projeto Harvard-Museu Nacional nos anos 60 (e as que se seguiram) aprofundaram em muito nosso conhecimento e compreensão dessas sociedades, mas sua conceituação do processo de parentesco e de sua conexão ao ritual através da linguagem da oposição natureza/cultura obscureceu a dimensão transformativa dos dispositivos de reprodução social em questão. Através da discussão da etnografia acumulada, procura-se determinar como aspectos do sistema de parentesco e da dinâmica de constituição dos grupos prestam-se a uma interpretação alternativa, fundada na distinção entre fabricação do parentesco e metamorfose ritual.