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Manual indigenista mateiro: princípios de botânica e arqueologia aplicados ao monitoramento e proteção dos territórios dos povos indígenas isolados na Amazônia.

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O trabalho busca sistematizar o vasto conhecimento botânico empírico através de uma arqueologia das matas e seus vestígios. Pretende difundir os conhecimentos mateiros e formar pessoas para atuar de maneira qualificada na proteção dos territórios de povos indígenas isolados. Busca formular uma metodologia que conjugue a botânica, a ecologia, etnologia e a arqueologia, passível de ser aplicada ao monitoramento e à proteção dos territórios dos povos indígenas isolados pelos profissionais engajados em ações de campo na Amazônia indígena. Apresenta uma introdução acerca dos povos indígenas isolados e da política indigenista do “não-contato” adotada pelo governo brasileiro. Examina as aproximações entre a ciência mateira e outros ramos do conhecimento como arqueologia e botânica, e apresenta uma proposta para análise e investigação dos vestígios deixados na floresta por estes grupos indígenas. Tais vestígios derivam do manejo e uso das espécies vegetais, e podem expressar-se nos troncos das árvores, na ocorrência e concentração de plantas no interior da floresta, nos acampamentos temporários ou em artefatos encontrados nos caminhos. Sistematiza os vestígios mais relevantes para o monitoramento dos territórios indígenas. Apresenta uma proposta metodológica de inserção destes vestígios nos processos investigativos de campo. Traz um estudo de caso onde estes conhecimentos mateiros são aplicados diretamente na interpretação de um relato que exemplifica a relação dos povos isolados com o seu território, podendo ser lido como um pequeno ensaio etnográfico do povo indígena Hi-Merimã.