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"Eu não quero o lugar dos outros": direitos e conflitos na Terra Indígena Cachoeira Seca.

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A dissertação discute a situação de camponeses pobres que ocupam a Terra Indígena Cachoeira Seca e se instalaram na área antes da declaração da TI. Beiradeiros, cuja a ocupação está intimamente ligada à instalação dos seringais e à exploração da borracha na região da Terra do Meio. Colonos que se instalaram na área a partir da década de 1980, no bojo da abertura da Transamazônica e dos projetos de colonização que se instalaram às suas margens. Pretende-se mostrar que a atuação do Estado gestou o cenário conflitante da TI Cachoeira Seca ao dar destinações distintas à mesma área e fragilizar o acesso a direitos de colonos e ribeirinhos e a concretização plena dos direitos territoriais dos Arara, e, principalmente, ao possibilitar, em decorrência da incerteza da situação fundiária da TI, a instalação, apropriação e exploração criminosa da área por outros sujeitos, como grileiros e madeireiros. Acredita-se que a extrusão é imprescindível para se assegurar a posse permanente e o usufruto exclusivo das riquezas naturais da TI pelos Arara e que ela deve seguir o protocolo legalmente regulamentado, com um processo justo de realocação do grande contingente de camponeses pobres que lá vivem. Este trabalho defende a integridade do território dos Arara, o seu direito ao usufruto exclusivo da TI Cachoeira Seca e é inteiramente contra as investidas para a desafetação de qualquer fração da TI.