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Tucano defende presença do índio na Constituinte

Estado de Minas (Belo Horizonte-MG)
29 de Set de 1985

O coordenador do Movimento Nacional Indígena (MNI), Álvaro Tukano, defendeu, na Câmara Municipal de Belo Horizonte, a reestruturação da Fundação Nacional do Índio (Funai) e a participação de índios na questão da reforma agrária e da Constituinte. Em sua opinião a Funai deve ser desligada do Ministério do Interior e ser vinculada à Presidência da República, além da criação de um colegiado, com participação de antropólogos, indigenistas e outros especialistas, para dirigir a Funai. Tal colegiado seria escolhido pelo MNI e pelos conselhos regionais das comunidades indígenas, de tal forma que os interesses dos índios sejam, de fato, defendidos.
Com relação à participação na Constituinte, Álvaro apontou que os povos indígenas nunca tiveram a possibilidade de definir seu destino, contudo possuem o direito de participar para garantir a integridade territorial das nações indígenas, e, assim três candidatos serão lançados à Constituinte: Marcos Terena, da nação Terena; Ajuri dos Karajá; e Yamuculá do povo Kayapó. É também em relação à defesa de suas terras que há interesse por parte do MNI de participar da reforma agrária, uma vez que 90% ainda não foram demarcadas pelo governo.

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