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Termina nesta sexta desocupação de vila erguida em área indígena de MT

G1 - http://g1.globo.com/
03 de Jan de 2013

Prazo dado para desocupação de Posto da Mata encerra nesta sexta-feira.
Após conflitos, território de Marãiwatsédé será entregue aos xavantes.

Termina nesta sexta-feira (4) o prazo para que os não índios desocupem o vilarejo de Posto da Mata, no município de Alto Boa Vista, a 1.064 quilômetros de Cuiabá. De acordo com a Associação de moradores da Gleba Suiá Missu, mais da metade das famílias já tinham deixado o distrito até esta quinta-feira (3).

Homens das Forças Federais de segurança estão na região para garantir o cumprimento da decisão judicial que determina a desocupação do local. Os moradores que não saírem da área, que foi considerada pela Justiça como sendo dos índios xavantes, vão ter os bens confiscados e podem responder pelo crime de desobediência.

O cumprimento dos mandados de desocupação está sendo feito entre oficiais de justiça, equipes da Força Nacional - Polícia Rodoviária Federal, Polícia Federal e Exército - além de representantes do governo federal. Desde então, vem ocorrendo vários conflitos entre os não-índios e policiais.

Na área em conflito faltam alimentos e medicamentos, segundo o membro da Associação dos Moradores, José Melo. "Está muito difícil a situação aqui, mas todos vão sair. As pessoas estão desmanchando suas casas para irem embora", declarou o morador.

Revoltados, os moradores fecharam a BR-158 e MT-242, principais rotas de acesso aos municípios de Alto Boa Vista, Confresa e Porto Alegre do Norte. O tráfego de veículos ficou prejudicado. As famílias estão sendo cadastradas e as que atenderem as exigências do Incra podem ser instaladas em projetos de assentamento da reforma agrária.

Desocupação

O processo de desocupação dividiu a Terra Indígena de Marãiwatsédé, do povo Xavante, em quatro áreas. Pelo plano, serão desocupadas primeiro as grandes propriedades, seguidas pelas médias e pequenas. A comunidade de Posto da Mata será a última a ser desocupada.

A área em disputa tem uma extensão aproximada de 165 mil hectares. Ainda de acordo com a Funai, o povo xavante ocupa a área Marãiwatsédé desde a década de 1960. Nesta época, a Agropecuária Suiá Missu instalou-se na região. Em 1967, índios foram transferidos para a Terra Indígena São Marcos, na região sul de Mato Grosso, e lá permaneceram por cerca de 40 anos.

http://g1.globo.com/mato-grosso/noticia/2013/01/termina-nesta-sexta-des…

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