Midianews-Cuiabá-MT
21 de Jul de 2005
Na segunda semana de implantação do curso Hayô de Formação para o Magistério Intercultural dos professores índios, técnicos da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) estiveram em dois pólos em Campinápolis e Canarana para verificar como está sendo desenvolvido o curso.
A superintendente de Ensino Currículo, Dolores Schussler, e o gerente de Educação Indígena, Sebastião de Oliveira, avaliaram as condições de instalações, alimentação, material pedagógico e estrutura. Ouviram as reivindicações dos cursistas e pediram compreensão para resolvê-las.
"O Governo de Mato Grosso tem priorizado a educação indígena. O projeto Hayô é o exemplo de que o Estado não está fechando os olhos para o povo indígena. Percebemos que não dá mais para esperar, temos que fazer a formação desses professores índios agora, para que eles vão para as suas aldeias ensinar o seu povo", disse a superintendente.
Nesses dois pólos foram realizadas reuniões com as prefeituras, autoridades locais e representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai), do Estado e de Brasília, para formalizar uma parceria, através de um Termo de Compromisso.
HAYÔ - Ao todo, 242 professores índios de quarenta municípios e de 15 etnias, incluindo Zorós e Nhanbiquaras, estão sendo formados pelo Hayô. O curso tem um período de cinco anos divididos em dez etapas, com oito horas diárias, com atividades presenciais e intermediárias, considerando que será uma formação em serviço.
Nessa primeira etapa, os alunos vão ficar 30 dias estudando de segunda a sábado, tendo aulas das disciplinas Antropologia, Matemática, Língua Portuguesa e Pedagogia Indígena. O curso, que teve inicio no dia 11 de julho, está sendo realizado pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) em parceria com o Ministério da Educação (MEC) é equivalente ao Ensino Médio.
Durante a formação, eles recebem todo o material pedagógico (cadernos, livros, canetas, lápis, tintas para pinturas, etc), a passagem, alimentação e hospedagem durante as fases presenciais. Além dos pólos de Campinápolis e Canarana, o curso também está sendo desenvolvido em Comodoro e, em setembro, no pólo do Xingu.
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