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Sistema Cantareira opera com volume abaixo do limite crítico

FSP, Cotidiano, p. C5
13 de Fev de 2014

Sistema Cantareira opera com volume abaixo do limite crítico
Informação consta de documento da Agência Nacional de Águas

EDUARDO GERAQUE DE SÃO PAULO

O sistema Cantareira opera abaixo do seu limite crítico de segurança, de um volume mínimo nos reservatórios de 5%.
Segundo os Ministérios Públicos de Campinas, de Piracicaba, e o Federal, no dia 31 de janeiro o volume útil de todo o Cantareira era de 4,63%.
A informação consta de um documento oficial da ANA (Agência Nacional de Águas).
O valor é diferente dos 22% que a Sabesp divulgava naquele dia porque nesse número está embutida uma poupança que só ela pode usar. O nível ontem chegou a 19,1%.
O desrespeito ao limite crítico de 5% indica que o Cantareira está sendo operado sob um "alto risco".
A cada mês, os órgãos definem quanta água pode ser retirada do sistema para abastecer a Grande SP e as regiões de Piracicaba e Campinas.
Se as regras não mudarem, o risco de desabastecimento nas cidades que dependem do Cantareira no interior é muito preocupante, afirmam os promotores. "A poupança virtual da Sabesp precisa ser desconsiderada", diz Rodrigo Garcia, promotor de Campinas.
A Sabesp afirma que opera dentro das regras da ANA, que, por sua vez, admite que está monitorando a situação e que regras especiais poderão ser criadas no fim do mês.
No sistema Cantareira, várias represas são interligadas por túneis. Toda a água captada corre até perto da Grande SP apenas por gravidade.
Existe também o chamado volume morto de água --que fica abaixo da entrada dos túneis e não consegue correr só por diferença de altura.
Técnico ouvidos pela Folha afirmam que a exploração dessas águas é difícil --seria necessário fazer obras.
Não se sabe como o sistema vai se comportar caso o volume morto seja usado, porque essa situação é inédita.

FSP, 13/02/2014, Cotidiano, p. C5

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano/152024-sistema-cantareira-op…

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