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26 de Jan de 2024
Garimpo ainda avança no território yanomami e ameaça saúde indígena, denuncia associação
Os profissionais de saúde se sentem intimidados pelos garimpeiros e não conseguem chegar às aldeias mais vulneráveis
Carter
26/01/2024
A Hutukara Associação Yanomami denunciou que o garimpo ilegal no território indígena aumentou 7% em 2023, degradando 5.432 hectares de floresta. A atividade ilegal também prejudica o atendimento de saúde das comunidades, que sofrem com doenças, mortes e violência.
Nos últimos anos, o avanço do garimpo na Terra Índigena Yanomami foi vertiginoso. A taxa de incremento anual foi de 42% em 2018-2019, de 30% em 2019-2020, de 43% no período 2020-2021 e de 54% entre 2021 e 2022. O aumento de 7% em 2023 indica, contudo, que "a atividade ilegal continua operando com intensidade no território", diz a nota técnica.
O texto traz também dados do monitoramento do Greenpeace, indicando quais são as áreas mais devastadas em 2023.
Estima-se que até 80% dos invasores foram retirados no primeiro semestre do território indígena, mas no segundo semestre ocorreu retorno massivo; pistas chegaram a ser destruídas pelas Forças Armadas, mas foram recuperadas rapidamente; relatos apontam a presença de homens armados fazendo a segurança do garimpo e reagindo a operações.
Segundo a nota da associação, os profissionais de saúde se sentem intimidados pelos garimpeiros e não conseguem chegar às aldeias mais vulneráveis. A cobertura vacinal das crianças indígenas é baixa, especialmente nas faixas etárias de menos de 1 ano e de 1 a 4 anos.
A associação pede que o governo federal tome medidas efetivas para combater o garimpo ilegal e proteger os direitos dos povos indígenas. A Terra Indígena Yanomami é a maior do país, com cerca de 27 mil habitantes de diversas etnias.
Com informações do Valor Econômico
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