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SEMA trabalha na elaboração do Plano de Manejo

Agência Pará
28 de Jul de 2007

Uma equipe técnica da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA) dá prosseguimento neste final de semana à coleta de campo do Plano de Manejo da Área de Proteção Ambiental (APA) de Algodoal-Maiandeua, localizada na região atlântica nordestina do Estado, há cerca de 143 km da capital, Belém.

O plano é uma antiga reivindicação dos moradores de Algodoal e também de visitantes, que se encantam com a beleza natural do local. O estudo deverá ser concluído até o final de outubro deste ano. A SEMA conta o apoio de cinco professores e 15 alunos do Centro Federal de Educação Tecnológica do Pará (CEFET/PA).

Ainda em 1989, o Grupo Ecológico da Ilha de Maiandeua-GEIMA, procurou o antigo Instituto de Desenvolvimento Econômico-Social do Pará (IDESP). Os ambientalistas queriam um plano para resguardar as belezas cênicas e os recursos naturais e disciplinar a ação dos visitantes, especialmente durante as férias de verão.

Uma minuta de Projeto de Lei, com a devida justificativa técnica, foi então elaborada e encaminhada à Assembléia Legislativa do Estado, com o apoio da Sociedade Paraense de Preservação dos Recursos Naturais e Culturais da Amazônia (SOPREM). A iniciativa das duas ONG's fez com que os deputados aprovassem a Lei no 5.621 de 27 de novembro de 1990, criando a Área de Proteção Ambiental de Algodoal-Maiandeua, no município de Maracanã.

Plano - O plano de ação vai estabelecer um zoneamento preliminar, indicando normas gerais para o uso, o manejo dos recursos naturais, entre outras considerações, a exemplo das análises dos fatores geológicos, bióticos (animais e vegetais do local); históricos, culturais, paisagísticos, sócio-econômicos e a caracterização do tipo de lixo da ilha.

O levantamento das equipes de campo da SEMA e CEFET inclui, também, o entorno de influência direta, da Unidade de Conservação, a partir do continente até uma franja oceânica de 12 milhas náuticas, mais os municípios de Maracanã e Marudá.

APA - Segundo o IBGE, a APA é constituída pelas ilhas de Algodoal e Maiandeua, ligadas administrativamente ao município de Maracanã. Mas os moradores do local, e até considerações técnicas, dizem que existe apenas uma denominação: Maiandeua. Polêmicas à parte, uma Área de Proteção Ambiental destina-se à conservação das paisagens com a proteção de sua biodiversidade, a recuperação de locais alterados, a melhoria da qualidade de vida dos residentes, sem esquecer o compromisso com o segmento do ecoturismo, uma vocação natural de Algodoal-Maiandeua.

Para o pesquisador da SEMA, Crisomar Lobato, um entusiasta do plano, 'resguardar aquele paraíso para o turismo sustentável, respeitando os moradores do local, é tudo que se deve fazer pelo futuro daquela unidade de conservação', comemora.

Já o coordenador de Proteção Ambiental da Secretaria, Paulo Altieri, lembra que as ilhas de 'Algodoal-Maiandeua são áreas de influência atlântica no Pará, únicas, e que a população local tem todo direito de usufruir da sua riqueza cênica, mas com infra-estrutura sanitária e tratamento de água adequados', alerta.

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