Folha Popular-Palmas-TO
19 de Abr de 2002
O Consórcio Gesai (Geração Santa Isabel) confirmou, através do seu diretor, Gilberto Veronesi, que após a assinatura do contrato de concessão da Usina Hidrelétrica Santa Isabel, marcado para terça-feira próxima no Palácio do Planalto, em Brasília, dependerá apenas da autorização do Ibama para iniciar as obras de construção.
O pedido de licenciamento para instalação do canteiro de obras foi feito ao Ibama, em Brasília, no dia 4 de janeiro passado, confirmando outra solicitação que foi entregue ao órgão em fevereiro de 2001 pela empresa Engevix, contratada da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) para realizar os estudos de impacto ambiental na região sob influência da hidrelétrica.
De acordo com Gilberto Veronesi, a empresa sempre trabalhou com a perspectiva de obter o licenciamento no máximo um ano depois do pedido entregue ao Ibama, prazo vencido em fevereiro passado. Uma demora muito longa nas autorizações que gera dificuldade e pode resultar na necessidade de reprogramação dos investimentos.
TUDO PREPARADO
A Usina Hidrelétrica Santa Isabel será construída no baixo rio Araguaia, próxima da confluência com o rio Tocantins, na divisa do Tocantins com o Pará. O eixo da barragem atravessa o rio Araguaia, com extremidades situadas, de um lado, no município tocantinense de Ananás, e, do outro, em Palestina, no Pará. A sua geração será de 1.087 MW, dez vezes o consumo do Tocantins.
Situada em uma área estratégica, a 118 quilômetros de Imperatriz, 122 de Marabá e 199 do terminal ferroviário da Serra de Carajás, a nova usina terá um lago artificial pequeno, com apenas 159 quilômetros quadrados (o de Lajeado tem 1.300 quilômetros quadrados), sendo que 102 quilômetros quadrados correspondem à área da calha do rio Araguaia.A Construtora Camargo Corrêa, contratada pelo Consórcio Gesai para executar as obras, está com tudo preparado para iniciar os trabalhos. O prazo dos serviços foi estimado em 55 meses, com a contratação de cerca de seis mil empregados diretos e 30 mil indiretos. O investimento está orçado pela empresa entre R$ 1,8 e R$ 2 bilhões.
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