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RS também investe no assentamento de índios

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
18 de Fev de 2002

Além da educação, o governo estadual está investindo nos assentamentos indígenas. No Estado vivem aproximadamente 15 mil índios, distribuídos em 30 áreas, somando 90 mil hectares. São aproximadamente 1,2 mil guaranis e 13,8 mil caingangues. O RS conta com o maior território indígena do país, 37%, contra a média nacional que é de 11%. A estimativa do Conselho Estadual do Índio é de que ainda vivam 250 em Porto Alegre, divididos nas vilas da Agronomia e Safira.
No ano passado, foram desapropriadas três áreas para a comunidade. Com 165,33 hectares, Água Grande, no município de Camaquã, deverá receber neste ano 30 famílias da nação Mbia-Guarani. As outras áreas são Inhacapetum, em São Miguel das Missões, e a Coxilha da Cruz, em Barra do Ribeiro.

O local com a pior situação é a Guarita, onde famílias moram à beira da estrada. 'Estamos investindo em uma política de etno-sustentabilidade. Deve haver desenvolvimento, mas sem diluição da cultura indígena e o fortalecimento do ensino nas reservas', ressalta o técnico do Conselho Estadual do Índio, Cláudio D'Angelo. A Secretaria Estadual do Trabalho, Cidadania e Assistência Social investiu mais de R$ 1 milhão para a desapropriação das áreas.

O trabalho quer valorizar o potencial das etnias e resgatar a cultura indígena. Algumas práticas com o artesanato em argila e cerâmica, que estavam abandonadas, serão retomadas. Para D'Angelo, os índios têm rotinas e necessidades diferenciadas que devem ser respeitadas. 'Eles merecem ser tratados com coerência. A partir da Constituição de 1988, foram incorporadas políticas apropriadas para sua cultura', disse. Também é elaborado um livro de contos indígenas nas línguas guarani, caingangue e portuguesa.

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