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Roraima realiza o I Seminário de Educação Escolar Indígena

Funai
05 de Nov de 2007

Professores, estudantes e lideranças indígenas de Roraima estão reunidos desde o dia 29, no Palácio da Cultura em Boa Vista, no I Seminário Estadual sobre Educação Escolar Indígena para definir a criação de um sistema de educação próprio.

Atualmente existem 217 escolas indígenas estaduais e 15 municipais espalhadas por terras indígenas em todo o Estado. Mas ainda faltam recursos para melhorar a estrutura dessas escolas, contratar e qualificar professores para atender a demanda de alunos. No Encontro que encerra dia 31 os participantes vão aprofundar a discussão para que as verbas da educação indígena possam chegar sem burocracias, nas mãos de quem lida diretamente com a questão e sobretudo, definir responsabilidades.

Para a coordenadora da Organização dos Professores Indígenas de Roraima - OPIR- Pierlângela Nascimento Cunha Wapixana hoje os principais entraves da educação indígena no Estado são a falta de professores e pessoal para trabalhar na parte administrativa das escolas e a falta de um contrato fixo de trabalho, pois os atuais contratos são temporários. Ambos os problemas poderiam ser resolvidos através de um concurso público, segundo ela.

Outro ponto negativo é a falta de investimento da formação de professores indígenas. Pierlângela concordou, no entanto, que alguns avanços já foram conquistados, como o curso de Licenciatura Intercultural com formação específica para professores indígenas, que é realizado na Universidade Federal de Roraima (UFRR), com apoio da Fundação Nacional do Índio. O curso conta com a participação de 220 alunos e anualmente realizam um vestibular oferecendo 60 vagas para quatro anos de formação.

Apesar de ter uma legislação específica para educação indígena, uma Lei Federal que vale em todo o país, em Roraima essa legislação ainda não foi efetivamente utilizada. "Ainda falta a criação do Conselho Estadual de Educação Escolar Indígena, por onde toda a regulamentação das questões de educação indígena passaria", desabafou a coordenadora da OPIR.

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