VOLTAR

Rio Piabanha sofre com assoreamento e lixo

O Globo, Rio, p.19
04 de Dez de 2007

Rio Piabanha sofre com assoreamento e lixo
Margens estão ocupadas por mais de 450 casas em Petrópolis, afetando um dos principais afluentes do Paraíba do Sul

Rogério Daflon

Mais de 450 casas construídas irregularmente às margens do Rio Piabanha, em Petrópolis, estão ajudando a provocar o assoreamento de um dos principais afluentes do Paraíba do Sul. Segundo Yara Valverde, ex-presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e moradora de Petrópolis, o risco de enchentes é grande, por causa da quantidade de lixo nas águas. O Ministério Público estadual confirmou que há várias ações contra a invasão das margens, no distrito de Pedro do Rio até a Ponte do Arranha-Céu, que marca a divisa com outro distrito, Itaipava, um dos locais de veraneio mais procurados do estado.

Há tipos diferentes de imóveis: desde barracos a lojas e até uma marmoraria na Estrada União Indústria. O dono do estabelecimento, Tadeu Raul, afirmou que seu negócio não causa qualquer assoreamento no rio. O problema, segundo ele, mora ao lado:
- O problema aqui foi o vizinho. Ele deixou cair na água uma bambuzeira (bambus colados) que mudou o curso do rio e fez com que ele se aproximasse do meu terreno - disse o proprietário da marmoraria, que admitiu já ter recebido multa da Superintendência Estadual de Rios e Lagoas (Serla). - Mas eu estou legal, possuo CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

Além de pequenos comerciantes e da marmoraria, há também boas casas de alvenaria bem próximas ao rio.
O assoreamento do Rio Piabanha é flagrante - afirmou Yara Valverde.

O Globo, 04/12/2007, Rio, p. 20

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.