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Radicada em Ribeirão Preto, jovem indígena discursa na ONU pelo meio ambiente

Revide - https://www.revide.com.br/
Autor: Pedro Gomes
06 de Out de 2019

Natural do povo Xakriabá, em Minas Gerais, Artemisa sonha em se formar em Psicologia para ajudar a própria etnia.

Residente em Ribeirão Preto desde fevereiro de 2016, a jovem indígena Artemisa, de 19 anos, teve a oportunidadeo de representar a cidade e todo Brasil, com discursos nos Estados Unidos, para senadores norte-americanos e na Organização das Nações Unidas (ONU).

A índia luta em defesa do meio ambiente desde os sete anos de idade, quando já ajudava o seu povo, os Xakriabá, na luta em prol do reflorestamento das nascentes. A aldeia fica próximo ao município de São João das Missões, no Estado de Minas Gerais.

"Atualmente, eu estou estudando e fazendo cursinho pré-vestibular para entrar na Universidade. Por isso moro em Ribeirão Preto com minha mãe. O convite para falar na ONU foi uma coisa inesperada. Participei da primeira marcha das mulheres indígenas, no mês de agosto em Brasília (DF) e a partir disso, eu recebi o convite", conta Artemisa.

A jovem tem o costume de se expressar pela música e compôs temas que utiliza nas marchas sobre a trajetória e os direitos das mulheres indígenas. "Eu fiz uma música que representava nossa luta pelo meio ambiente e a partir disso, ganhei um pouco mais de destaque".

Artemisa esteve entre os norte-americanos nesse mês de setembro. O primeiro discurso foi em Washington nos dias 16 e 17 de setembro. Lá, foram entregues as cartas com reivindicações e objetivos para alguns senadores. Na quarta-feira, dia 18, ela viajou para Nova Iorque. "Em seguida, na quinta-feira, dia 19, eu tive uma conversa na ONU, com algumas participações e conferencias de reuniões. Eu pude discursar para imprensa nacional e minha fala apareceu em todo planeta. Na sexta-feira, dia 20, nós participamos da marcha da cúpula do clima".

A índia conta que ficou motivada com toda repercussão e oportunidade de falar sobre o que defende. "Foi algo que me incentivou, não só a mim, mas todos os jovens, já que estávamos nos unindo por um só objetivo. Meu objetivo é de que essa luta seja ganha em valorização ao meio ambiente. Estamos otimistas para ter um futuro bom, já que o de agora está ruim".

Na luta por um planeta mais puro, ela explica que pretende retornar para o seu povo. "Eu quero me formar em Psicologia e voltar para a aldeia. Lá, o índice de suicídio é muito grande. Então, eu quero poder ajudar essas pessoas que estão passando por esses momentos difíceis dentro no meu território", conclui Artemisa.

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