GM, Saneameto & Meio Ambiente, p.A11
16 de Abr de 2004
Projeto ecológico no Pará desperta interesse do Bird
O governo do Pará está propondo a adoção de um Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) para o Estado que, se for adotado, irá aumentar de 32% para 62% a porção de terras protegidas no território paraense, o que equivale a pouco mais de 766 mil quilômetros quadrados. Essa proposta já despertou inclusive o interesse do Banco Mundial (Bird) em financiar o projeto, que tem custo de execução estimado entre R$ 30 milhões e R$ 40 milhões. "O banco demonstrou este interesse por entender que pode se transformar em modelo para outros zoneamentos", afirmou o governador Simão Jatene. Nesta semana, o governo paraense começou a coletar sugestões para a proposta de ZEE, ouvindo representantes de organizações dos setores público e privado, centros estaduais de pesquisa e organizações não-governamentais. Segundo Jatene, a proposta prevê a integração do zoneamento com uma política de desenvolvimento sustentável baseada na consolidação das fronteiras já abertas, evitando o avanço da atividade econômica para as áreas de floresta. Pelo projeto de gestão ambiental apresentado como base para o zoneamento estadual, o percentual de áreas de proteção integral aumentaria de 1,32% para 10% e as áreas e uso sustentável passariam de 9% para 29% do território do Estado. Nestas áreas, a utilização dos recursos naturais ficará condicionada à implantação de técnicas de manejo e boa parte delas será ocupada por florestas estaduais de produção. Para o governador, as áreas restantes do estado, equivalentes a 38% de seu território, são mais do que suficientes para promover o seu desenvolvimento, com o uso de tecnologias apropriadas e sustentáveis.
GM, 16-18/04/2004, p. A11
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