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Professores indígenas participam da etapa final do Haiyô

Seduc-MT - http://secommt.achanoticias.com.br/
Autor: Patrícia Neves
22 de Out de 2010

O mês de novembro será palco da última etapa de formação do projeto Haiyô, desenvolvido desde o ano de 2005 pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc), e que profissionalizou cerca de 280 professores índios para o exercício da docência, correspondendo ao ensino médio (magistério intercultural). As atividades de capacitação foram organizadas em 10 etapas presenciais e intermediárias.

Nesta semana, coordenadores de polos, professores formadores e auxiliares, além de instituições parceiras como a Funai, representantes de Secretarias Municipais de Educação, Conselho de Educação Indígena e organizações ligadas ao protagonismo educacional para esse público, os Institutos Mawu e Oprint, deliberaram sobre a última etapa da ação (prevista para acontecer a partir da segunda quinzena de novembro).

O projeto é desenvolvido em cinco polos de Mato Grosso, são eles Juína, Sangradouro, Campinápolis, Leonardo Villas Boas e Pavuru (ambos na região do Xingu). A coordenadora do Haiyô, professora Letícia Antônia de Queiroz, explica que a ação contempla um total de 31 povos. Hoje, a rede estadual conta com 66 unidades escolares indígenas. Somando a rede municipal, o montante sobe para 140 em Mato Grosso e mais de 15 mil alunos. "Percebemos avanços consideráveis nesses últimos anos, tanto na área pedagógica como na instrumentalização da língua portuguesa", explica. Sobre a reunião do colegiado, Letícia declara "que esse é um espaço de interlocução, protagonismo e deliberações".

Os participantes do Projeto Haiyô foram previamente escolhidos nas respectivas aldeias e o programa foi pensado em dez etapas para que o processo de formação fosse realizado com um currículo completamente diferenciado respeitando as especificidades do público.

"Ainda enfrentamos grandes dificuldades, uma delas é quanto a burocracia já que a aldeia se adequa conforme as necessidades do grupo e não vivenciamos essa dinâmica em outros setores, entretanto, deixar de considerar os avanços é inviável. O projeto valoriza o representante da etnia em prova de respeito pela cultural dos povos".

A avaliação é do professor Félix Aduboenau, do povo Bororo, que é coordenador da Educação Indígena em Mato Grosso. A reunião do colegiado sobre a última etapa do projeto foi realizada ao longo da semana no auditório do Hotel Fazenda Mato Grosso, no bairro Coophema, em Cuiabá.

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