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25 de Nov de 2008
O presidente da Funasa, Danilo Forte, acompanhado do diretor do Departamento de Saúde Indígena, Wanderley Guenka, recebeu ontem seis presidentes dos sete Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi), de tribos localizadas nas mais variadas regiões do interior do Amazonas, que lhe entregaram um documento contrário à invasão da Coordenação Regional do Amazonas (Core/MA) pelos índios de Manaus.
Na audiência, Danilo aconselhou as lideranças a entregar o documento à coordenadora da Câmara Setorial da Questão Indígena do Ministério Público, Débora Duprat, por julgar que a questão agora é de competência da justiça entre Brasília e o Ministério Público do Amazonas.
Durante a conversa, os índios reconheceram que houve uma melhoria significativa no atendimento por parte da Core/AM, depois da nomeação do atual coordenador Pedro Paulo Coutinho. Eles ressaltaram que, durante a ocupação no ano de 2007, todos os Dsei foram prejudicados na execução das ações de Saúde, lembrando que os processos licitatórios de aquisição de medicamentos, insumos e serviços foram paralisados. "Até a data de hoje estamos sofrendo com os prejuízos que a ocupação ocasionou", disseram as lideranças.
E os líderes continuam: "Sabemos que estão em tramitação na Core/AM vários processos de aquisição de equipamentos, alimentos e demais insumos para suprir todos os distritos na atenção direta. No caso dessa ocupação haverá paralisação desses processos e por estarmos no final do exercício do ano vigente, sabemos que os recursos terão que ser executados até o dia 15 de dezembro".
Os presidentes dos Condisi acrescentam ainda que não residem em Manaus e que qualquer ocupação deve ser articulada com os sete distritos, para ser legitimada. E concluem dizendo que a ocupação não é legitimada pelos Conselhos Distritais de Saúde. "Nem dois ou quatro indígenas devem tomar decisões pelos povos indígenas do Amazonas. Toda a decisão desse tipo tem que ser coletivas", afirmam as lideranças indígenas.
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