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Prefeitura não vai impedir obra de Angra 3

OESP, Economia, p. B1
29 de Mai de 2009

''Prefeitura não vai impedir obra de Angra 3''

Adriana Chiarini, RIO

A Eletronuclear espera ver emitida hoje a última licença que falta para a construção da usina nuclear Angra 3: a licença municipal para uso do solo. A informação é do diretor de Planejamento, Gestão e Meio Ambiente da Eletronuclear, Pérsio Jordani.

De acordo com ele, a previsão é de que o início das obras de Angra 3 seja em sete meses e a usina deva começar a operar em 2014. O custo é estimado em R$ 7,3 bilhões.

O executivo negou categoricamente a possibilidade de a prefeitura tentar impedir a construção de Angra 3 por causa da contaminação radioativa, ocorrida no dia 15, envolvendo quatro funcionários da empresa na usina de Angra 2, em um prédio auxiliar, não o do reator.

"Isso não existe. Ele quer se cercar de algumas seguranças, o que é normal em um prefeito, mas não existe a possibilidade de não construir Angra 3, até porque ele está dando a licença", afirmou.

Durante entrevista coletiva no Clube de Engenharia, Jordani também disse que a empresa concordou em dar uma compensação em dinheiro à prefeitura, mas não revelou o valor.

"Não é tudo aquilo, mas também não é tão baixo", disse. Ele chegou a mencionar R$ 150 milhões, mas depois disse que não tinha informação segura sobre o valor. "É por aí", disse.

CONTAMINAÇÃO

Segundo Jordani, os quatro funcionários envolvidos no episódio da contaminação "baixíssima" em Angra 2 já retornaram ao trabalho.

"A gente já sabe que foi uma porta aberta. Vamos dar treinamento ou colocar um alarme ali para que a porta não fique mais aberta", disse.

A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), que é o órgão regulador da área, poderá revisar procedimentos de segurança a partir da investigação de episódio, admitiu o diretor de Radioproteção e Segurança Nuclear da CNEN, Laércio Vinhas.

Ele citou a possibilidade de intensificação ou modificação de treinamento, mas como Vinhas, amenizou o ocorrido dizendo que a contaminação foi muito baixa. Vinhas e Jordani participaram ontem de evento no Clube de Engenharia.

OESP, 29/05/2009, Economia, p. B1

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